Concluído o inquérito que apurou o latrocínio contra o motorista de aplicativo Anderson Coelho Alves, de 27 anos, encontrado morto, em Vespasiano, na Grande BH, no dia seguinte ao réveillon.
O inquérito foi presidido pelo delegado Thiago Araújo, da delegacia local, que indiciou dois homens identificados apenas como João, de 18 anos, e Dilermando, de 19, ambos com várias prisões, por furto, roubo e tráfico de drogas, desde a menor idade. Esse último foi o executor da vítima, segundo contou o mais novo . O crime, segundo o delegado, teve requintes de crueldade.
O inquérito foi presidido pelo delegado Thiago Araújo, da delegacia local, que indiciou dois homens identificados apenas como João, de 18 anos, e Dilermando, de 19, ambos com várias prisões, por furto, roubo e tráfico de drogas, desde a menor idade. Esse último foi o executor da vítima, segundo contou o mais novo . O crime, segundo o delegado, teve requintes de crueldade.
Leia Mais
Suspeitos de matar motorista de aplicativo na Grande BH são denunciadosHomem é preso suspeito de ataques em série a motoristas de aplicativo em BHHomens são presos após assalto a motorista de aplicativo em Santa LuziaCorpo de jovem é encontrado com queimaduras, tiros e lesões na cabeçaMotorista de aplicativo é espancada por assaltantes em SabaráDois homens são presos depois de tentar matar policial em BHPolícia apreende armas e drogas em ônibus, no Sul de Minas Homem é preso após assaltar motorista de app e bater em viatura da PMForam pouco mais de 20 dias de investigações, segundo Araújo, que disse que foi determinante a localização, pelos policiais, de uma testemunha que teria conversado com os autores.
“Essa testemunha relatou que os dois contaram o que havia acontecido e que ficou espantada com a frieza de um dos suspeitos, o que teria atirado, pois relatou friamente o crime, chegando a dizer 'deixei o corpo do cara bem feio', o que realmente é assustador”, disse o delegado.
“Essa testemunha relatou que os dois contaram o que havia acontecido e que ficou espantada com a frieza de um dos suspeitos, o que teria atirado, pois relatou friamente o crime, chegando a dizer 'deixei o corpo do cara bem feio', o que realmente é assustador”, disse o delegado.
O delegado explicou que as investigações abordaram todos os detalhes, levantando a empresa para a qual a vítima trabalhava, de onde partiu o chamado, a ficha de cada um dos suspeitos do assassinato e também do motorista, que, segundo ele, não tinha nada que o desabonasse. “Nunca tinha tido qualquer problema com a polícia e era tido como bom filho e trabalhador. Uma pena o que lhe aconteceu.”
O chamado, segundo Araújo, partiu do celular da mãe de um dos suspeitos, o mais novo. A corrida foi chamada da região do Morro Alto. “Eles pediram o carro no Bairro Novo Horizonte, para ir até o Bairro Nova Iorque, onde foram encontrados o corpo e o veículo abandonado. A dupla de suspeitos roubou o celular e dinheiro da vítima.”
Depois de pegar os dois suspeitos, os policiais partiram para encontrar testemunhas. Conseguiram pessoas que os viram entrando no veículo. A partir daí, chegaram também à testemunha que teria conversado com os dois depois do crime.
“Com a empresa de aplicativo, conseguimos as últimas corridas feitas pelo motorista. Fomos atrás de cada uma delas e confirmamos que nenhuma tinha qualquer envolvimentocom o ocorrido”, continua o delegado Thiago.
Crueldade
O delegado comenta ainda, a crueldade envolvida no assassinato. “O corpo foi deixado em cima de um monte de lixo. Além de ter o pescoço cortado, a vítima teve os dois olhos perfurados.”
No depoimento, o mais novo, segundo ele, contou que o responsável seria seu parceiro. “Ele disse que o parceiro foi quem decidiu matar a vítima, alegando que não queria voltar à cadeia e que tinha medo de ser reconhecido. O mais velho, no entanto, não fala nada. Adotou o silêncio, mas a confissão é desnecessária, pois as provas são suficientes.”
O delegado ressaltou ainda a importância da ajuda do irmão da vítima, que ajudou a conseguir testemunhas para o caso. “As testemunhas falaram, inclusive da importância de o bairro deixar de ser mal visto. Muitas vezes, corridas não são aceitas, por se tratar do Morro Alto.”
Os dois suspeitos, João e Dilermando, foram encaminhados para o sistema carcerário, onde permanecerão até o julgamento.