Jornal Estado de Minas

CRIMINALIDADE

Dois homens são presos depois de tentar matar policial em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investigava a tentativa de homicídio contra um investigador, de 36 anos, lotado no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ocorrida no dia 18 de janeiro deste ano, no Bairro Cabana do Pai Tomás, Região Oeste de Belo Horizonte. Mais de 100 policiais participaram da operação.



O resultado da investigação foi divulgado na manhã desta quarta-feira (3/2) em coletiva de imprensa. A operação teve como objetivo desarticular facções criminosas que atuam na região, bem como localizar e prender o segundo suspeito, de 23 anos, pelo atentado cometido contra o policial.

O investigador atingido estava a trabalho e acompanhado por outros dois integrantes da equipe. “O disparo o atingiu no pescoço, passando a dois milímetros da coluna e, caso tivesse atingido, ele teria ficado tetraplégico”, conta a chefe do DHPP Letícia Gamboge.

A delegada ainda acrescenta: “Essa conduta criminosa ocorrida na comunidade Cabana do Tai Tomás, para além de atentar contra a vida de policiais, traduziu-se em uma afronta contra o Estado democrático de Direito, contra a cidadania e contra os cidadãos de bem, que são a maioria esmagadora de moradores dessa comunidade”.



A prisão do suspeito de 23 anos foi efetuada em 23 de janeiro, ocasião em que o suspeito se apresentou à polícia. O outro investigado, de 19 anos, já havia sido preso em flagrante no dia dos fatos.

A PCMG apreendeu duas pistolas calibre 380 e duas submetralhadoras de fabricação caseira, além de diversas porções de maconha, ecstasy, cocaína, MDMA, skunk e crack. Um laboratório para refino de drogas também foi localizado durante a operação, no Bairro Pindorama.

Os suspeitos foram indiciados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, por ser contra agente de segurança pública, assim como por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo que as penas podem chegar a mais de 40 anos de reclusão.

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