O acordo bilionário entre o Governo de Minas e a mineradora Vale pela tragédia em Brumadinho ainda não foi divulgado. Embora o processo seja mantido em sigilo, sem possibilidade de publicação dos detalhes do documento, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, antecipou ao Estado de Minas que o valor acordado não será como o Estado solicitou.
“Não será o que pedíamos, nem o que eles (a Vale) estavam dispostos (a pagar). Mas nas cláusulas há um consenso", explicou. O governo chegou a solicitar o total de R$ 54,7 bilhões, sendo R$ 26,7 bilhões por danos econômicos e R$ 28 bilhões por danos morais.
O valor especulado da negociação é de R$ 37,5 bilhões. O dinheiro deve ser aplicado no auxílio às famílias dos atingidos pela barragem, a possível construção de um Rodoanel e de cinco hospitais no estado.
O valor especulado da negociação é de R$ 37,5 bilhões. O dinheiro deve ser aplicado no auxílio às famílias dos atingidos pela barragem, a possível construção de um Rodoanel e de cinco hospitais no estado.
O desastre matou 270 pessoas e 11 ainda não foram encontradas. "O mérito está sob sigilo, mas o acordo será muito bom para Minas Gerais", revelou o procurador.
Mais cedo, Jarbas Soares Júnior confirmou pelas redes sociais a assinatura do acordo que busca reparar os danos causados pelo rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019.No dia 21 de janeiro, o secretário-geral de Minas Gerais, Mateus Simões, disse que se a Vale não apresentasse uma proposta assumiria “sua posição de inimiga dos mineiros”. O prazo terminaria no dia 29, mas a Vale conseguiu 15 dias de fôlego para manter a negociação.
O acordo de reparação coletiva será assinado nesta quinta-feira (04/02), quando todos os detalhes devem ser divulgados pelo governo estadual.