No programa de rádio – Conversa com o prefeito - Luiz Antônio da Silva comparou o presidente Bolsonaro com um autista. A fala dele foi durante um debate sobre a vacina contra o novo coronavírus.
“Ele pode ver o outro sofrer e não sente nada. Ele tem sinais claros de autismo. O autismo tem espectro grande. Ele deve estar ali no meio do espectro. O autista é aquele que não tem sentimento para com o outro. Bolsonaro não tem sentimento. É um espectro alto de autismo, que tem um auto mundo, um mundo dele, só ele que sabe”, disse prefeito.
O caso repercutiu nas redes sociais. “Sr. prefeito, só uma discordância: Bolsonaro é um psicopata e não um autista, como o senhor comentou. Os psicopatas é que se divertem com a dor do outro”, comentou morador.
Moradores da cidade e pais de pessoas autistas também se manifestaram. “Prezado Prefeito. Estou absurdamente triste com sua fala sobre autismo a partir do tempo 01:03:15h. Sou pai de autista e cidadão de Alfenas, e nunca imaginei ouvir isso de um prefeito. É absurdo e desumano. Sua fala ofende gravemente aos autistas e suas famílias. Senhor Regis, o mesmo penso sobre sua citação sobre os alunos da Apae. Que absurdo!!! Quando penso que o mundo está mudando e que as pessoas estão mais fraternas, ouço pessoas importantes de minha comunidade usarem condições de pessoas com deficiência como adjetivos para desqualificar outra pessoa. É um tapa minha cara!!! Pelo amor de Deus!!!”.
Houve pessoas apoiaram o prefeito com figurinhas de aplausos e sorrisos. Já outros pediram uma retratação. “Até momento a rádio Pinheirinho e a prefeitura não fizeram nenhuma nota pedindo desculpas pela fala do prefeito ao atacar pessoas autistas”, ressalta morador.
O Estado de Minas estou em contato com o prefeito. Por telefone, Luiz Antônio da Silva pediu desculpas à população. “Peço desculpas, mas acho que fui mal interpretado. As pessoas se aproveitam da situação. Não tem um governo que se preocupa mais com o psicológico das pessoas como o de Alfenas, por tudo que fizemos na cidade. Tenho parceria com a Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae) desde quando fui vereador na cidade. Foram várias ações em prol do bem-estar e psicológico da população. Realmente, fui mal interpretado”, lamenta.