O orçamento 2021 da Fundação Renova para as ações de reparação e compensação do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, aumentou 25% em relação a 2020. Serão investidos, segundo a fundação, R$ R$ 5,86 bilhões nas cidades da bacia do Rio Doce.
A Renova informou que, até dezembro de 2020, foram destinados R$ 11,33 bilhões para as ações integradas de recuperação e compensação. Cerca de R$ 3,07 bilhões foram pagos em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para aproximadamente 320 mil pessoas. Em 2021, deverão ser pagos mais de R$ 2 bilhões em indenizações e auxílios financeiros, fazendo com que o total ultrapasse os R$ 5 bilhões.
A indenizações ganharam novo impulso com o Sistema Indenizatório Simplificado, implementado pela Fundação Renova a partir de decisão da 12ª Vara Federal em ações apresentadas por Comissões de Atingidos dos municípios impactados. O sistema tem possibilitado o pagamento de indenização a categorias com dificuldade de comprovação de danos.
O primeiro pagamento por meio do sistema foi realizado em setembro. Até o fim de janeiro de 2021, mais de 5 mil danos foram pagos pelo Sistema Indenizatório Simplificado. O valor ultrapassou R$ 435 milhões.
Águas do Rio Doce
Sobre a qualidade da água do Rio Doce, assunto que sempre é discutido nas cidades banhadas pelo rio, a Fundação Renova informou que a água pode ser consumida após passar por tratamento convencional em sistemas municipais de abastecimento.
Os indicadores, segundo a Renova, são os mais de 1,5 milhão de dados gerados anualmente pelo maior sistema de monitoramento de cursos d’água do Brasil, criados fundação em 2017 para monitorar o rio Doce.
“São 92 pontos de monitoramento distribuídos no rio Doce e na zona costeira. Além disso, foram recuperados 113 afluentes, pequenos rios que alimentam o alto do Rio Doce”, informou a Renova.
Para a área de saneamento, a Renova disse que estão previstos investimentos de R$ 600 milhões para projetos nos 39 municípios impactados. Além disso, em 2020, a fundação iniciou um repasse de R$ 830 milhões aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e prefeituras da bacia do rio Doce, para investimentos em infraestrutura, saúde e educação.