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Estado de Minas ALTA DOS PREÇOS

Refeição fora de casa mais cara em BH; preço da comida a quilo varia 649%

Levantamento do 'Mercado Mineiro' mostra aumento no valor da alimentação em restaurantes da capital, além da grande variação de preços entre os estabelecimentos


08/02/2021 11:34 - atualizado 08/02/2021 12:09

Movimento em restaurante de Belo Horizonte em 05/09/2020. Levantamento do site 'Mercado Mineiro' mostra aumento no valor da alimentação feita em restaurantes da capital, além de grande variação de preços entre estabelecimentos(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Movimento em restaurante de Belo Horizonte em 05/09/2020. Levantamento do site 'Mercado Mineiro' mostra aumento no valor da alimentação feita em restaurantes da capital, além de grande variação de preços entre estabelecimentos (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Puxado pela inflação dos alimentos, o valor do prato feito e do marmitex grande tiveram expansão média de 21,12% e 29,39%, respectivamente, nos últimos seis meses em Belo Horizonte. É o que aponta um levantamento sobre o preço da refeição em restaurantes realizado pelo site Mercado Mineiro, que se dedica à comparação de preços na capital.

 

O marmitex foi responsável pela maior demanda dos estabelecimentos nos períodos de distanciamento social, abastecendo, via serviço de delivery, funcionários em empresas e trabalhadores em home office. Acompanhando a expansão na “quentinha” grande, a pequeno subiu de R$ 10,65 para R$ 14,24, registrando um aumento médio de 33,67%.

 

Um incremento menor foi observado no preço do quilo do self-service, que teve aumento médio de 9,39%. A laranjada, que tradicionalmente é a bebida natural com mais saída nos restaurantes, subiu 5,52%, ficando em torno de R$ 5,60 o copo. O refrigerante em lata, que também acompanha as refeições, teve elevação de 6,34%. O preço médio nos rodízios de carnes subiu até 23% nos últimos seis meses.

 

A alta nos restaurantes é justificada pelos preços dos alimentos, que fecharam 2020 como os grandes vilões da inflação. Segundo dados do IBGE, a expansão no preço dos gêneros alimentícios foi de 14,09% no ano passado, a maior desde 2002. Entre os itens que mais sofreram variação está a carne vermelha, que subiu, em média, 17,97%.

 

Além da carne, o IBGE revelou a disparada no preço em vários itens, como óleo de soja, que fechou o ano em média 103,79% mais caro, e o arroz, que teve aumento de 76,01% em 2020. Outros itens importantes na alimentação do brasileiro também subiram expressivamente, entre eles, o leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).

 

Na capital mineira, o valor da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação doméstica, chegou a R$ 566,80 em dezembro passado, valor 22,09% superior ao mesmo mês de 2019, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

 

O levantamento do Mercado Mineiro aponta também a variação de preços entre estabelecimentos, que pode ocorrer devido à localização e, em alguns casos, pela qualidade dos pratos oferecidos. A variação na comida a quilo na capital foi de surpreendentes 649%, sendo que o menor preço apurado foi de R$ 12 e o maior foi de R$ 89,90.

 

O valor do prato feito pode custar de R$ 12 até R$ 42,90 com uma variação de 257%. O valor do marmitex grande varia de R$ 10 até R$ 30,90 (209%), enquanto o pequeno pode custar de R$ 8 até R$ 22, uma diferença de 175%.

 

O suco natural de laranja de 300ml pode custar de R$ 4 até R$ 9 com uma variação de 125%. O valor do refrigerante em lata de 350ml pode custar de R$3,80 até R$6,50, com uma variação de 71%.

 

A pesquisa do Mecado Mineiro foi realizada entre os dias 03 a 05 de fevereiro de 2021. Veja os dados completos.

 


*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira 


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