Jornal Estado de Minas

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Polícia Civil prende suspeitos de matar amigo no Bairro Tupi, em BH

Dois homens suspeitos de assassinar um jovem de 21 anos, em 13 de dezembro do ano passado, no Bairro Tupi, Região Norte de BH, foram presos nesta segunda-feira (8/2). Os envolvidos se conheciam e cresceram juntos e a motivação do crime teria sido um desentendimento entre os mesmos.





De acordo com a Polícia Civil (PCMG), o suspeito de ser o mandante do crime foi preso na última quinta-feira (4/2), em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Betim, na Região Metropolitana da capital. Já o outro envolvido se entregou à polícia na sexta-feira (5/2), na companhia de seu advogado, após ser convencido pelos familiares, visto que o mesmo teria dito que não se entregaria e entraria em confronto com os policiais. Ele permaneceu em silêncio.
 

 
Conforme o inquérito, os suspeitos do homicídio qualificado, de 21 e 25 anos, foram localizados por meio de um mandado de busca e apreensão em diversas casas da região. A vítima não tinha passagens pela polícia, diferentemente dos suspeitos, que têm passagens por tráfico de drogas.

MOTIVAÇÃO DO CRIME

Segundo a delegada Ingrid Estevam, que esteve à frente das investigações, o jovem morto, Alexandre César Silva Rocha, não era o alvo principal dos executores. Ela explicou que o amigo da vítima se envolveu com a namorada de um dos suspeitos. No entanto, o ex-namorado da mulher e mandante do crime, teria brigado com o atual por não concordar com o suposto relacionamento dos dois.





Após a discussão, ele planejou a execução do atual namorado junto com outro amigo. O que eles não imaginavam era que a vítima descobriria o plano de matar o jovem e avisaria o mesmo, que ele seria alvo e corria perigo. No dia do crime, os suspeitos foram até o local onde o homem que eles pretendiam matar costumava ficar e não o encontraram, pois ele havia sido alertado pelo amigo.

“Horas mais tarde, os dois autores retornaram ao local, viram que o alvo principal não estava na esquina e, como eles tomaram conhecimento de que a vítima o teria alertado sobre a possível execução, eles acabaram por executá-la no lugar do outro”, explica a delegada. 

Explicou ainda que o suspeito de ser mandante do crime dirigiu o carro durante a fuga, enquanto o comparsa executou a vítima.

O jovem foi espancado e morto com vários tiros. “O suspeito descarregou a arma na vítima, tamanha a raiva que estava. Deu inúmeros chutes na cabeça enquanto a vítima estava caída.”, disse Ingrid Estevam.
 
A delegada afirmou que as prisões foram realizadas como forma de combater à ação criminosa, bem como para proteger a vida do jovem que era o verdadeiro alvo do crime. 

Outro ponto destacado por Ingrid Estevam foi que “as famílias ficaram chocadas com o crime, pelo fato de todos os envolvidos terem sido criados juntos desde a infância e serem muito amigos”.
 
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  




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