Motoristas de aplicativo se reuniram com as empresas e o governo de Minas Gerais nesta segunda-feira (8/2) para discutir medidas para garantir a segurança da categoria.
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“Imagine se o motorista, a partir de algum recurso tecnológico, puder acionar a PM com o toque de um botão caso se sinta ameaçado? Com certeza, o número de ocorrências vai diminuir bastante. Os assassinatos vão chegar perto de zero”, afirma.
Porém, para o motorista, o investimento nesse tipo de tecnologia "não é de interesse das empresas". Ele diz que não há rigor por parte dos aplicativos para cadastrar novos passageiros.
“O cadastro do motorista dura cerca de uma semana para sair. Tem até reconhecimento facial. Do passageiro, quase nenhuma exigência. Quando essas empresas vieram dos Estados Unidos, elas tiraram todas as medidas para garantir a segurança dos motoristas e cortar gastos”, diz Warley Leite.
O encontrou durou cerca de 1h50. De acordo com Warley, já há uma nova agenda articulada, porém sem data definida.
Governo se posiciona
Em release divulgado à imprensa, o governo de Minas informou que apresentou "uma lista de demandas às empresas de aplicativos de transporte que atuam no estado".
Entre essas demandas, o estado destacou o mapeamento de "zonas quentes". Dessa maneira, o motorista conseguiria saber em quais locais mais acontecem crimes.
A melhora no sistema de identificação de passageiros também é outra solicitação da gestão Romeu Zema (Novo).
O secretário-geral do Estado, Mateus Simões, e o chefe do Estado Maior, coronel Eduardo Felisberto Alves, participaram do encontro.
Esse foi o terceiro encontro entre as partes. Desde o início das articulações, o governo adotou uma série de operações da PM para diminuir esse tipo de crime.
"Essa estratégia da blitz é boa. Estamos tendo apoio do governo. Mas, a maioria dos motoristas não passa por ela", afirma Warley Leite.
Outro lado
A reportagem procurou a Uber, Cabify e a 99 Pop para obter posicionamento sobre a reunião desta segunda.
Em nota, a Uber informou que tem a segurança dos motoristas e passageiros "como principal prioridade".
Também esclareceu que tem adotado alternativas para resguardar as partes quanto ao pagamento em dinheiro. Isso acontece a partir da necessidade de o passageiro informar seus dados pessoais (CPF e data de nascimento), que são checados com o banco de dados do Serasa.
A empresa também informou que adotou em várias cidades brasileiras, inclusive Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, uma tecnologia que obriga o passageiro a apresentar a identidade para pagar em dinheiro.
A Cabify e a 99 Pop não responderam até a publicação desta matéria.