Moradores do Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Norte de BH, foram às ruas na noite desta segunda-feira (8/2) para protestar contra a enchente que tomou conta da localidade nesse domingo (7/2).
A comunidade incendiou pneus e móveis danificados pela própria inundação. Os moradores interditaram a MG-20 totalmente por alguns minutos. Depois, liberaram apenas uma faixa.
A manifestação reuniu cerca de 60 pessoas e só acabou depois que o Corpo de Bombeiros chegou ao local e apagou as chamas.
“Enchentes acontecem aqui há 30 anos, mas aumentaram muito depois que essas obras no São Gabriel começaram. Agora, alaga três, quatro vezes ao ano. Só ontem, o rio subiu, desceu e subiu novamente”, afirma João Victor Oliveira, de 21 anos.
De acordo com o estudante de arquitetura e urbanismo, os vizinhos limpavam suas casas quando uma segunda enchente, essa mais intensa, deixou pessoas desalojadas.
Segundo o morador, a Cruz Vermelha esteve no local nesse domingo para doar colchões e alimentos aos moradores. A Defesa Civil também compareceu para orientar a comunidade quanto às medidas para evitar mais tragédias.
“A prefeitura começou a indenizar alguns moradores aqui para fazer o Parque Linear do Ribeirão do Onça. Mas, não continuou. Todos aqui pagam IPTU, mas nada é feito”, diz.
De acordo com o Twitter da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), o protesto teve reflexos no fluxo de veículos da região, sobretudo na Avenida Cristiano Machado.
19h25 Trânsito intenso, com trechos retidos na Av. Cristiano Machado sentido bairro entre Av. Silviano Brandão e Av. Sebastião de Brito. pic.twitter.com/7wzyG8heiC
%u2014 OficialBHTRANS (@OficialBHTRANS) February 8, 2021
Primeiro de Maio
Dezenas de moradores do Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte de Belo Horizonte, protestaram nesta segunda-feira nas proximidades da Estação São Gabriel, na mesma região.
Revoltados, eles pediram que a prefeitura tome providências para acabar com os constantes alagamentos na região.
A Polícia Militar esteve no local munida de bombas de efeito moral. A corporação tentou convencer o grupo a liberar a liberar o trânsito, bloqueado com colchões, sofás, pedaços de madeira e mobília quebrada.