Manifestantes fecharam na noite desta quarta-feira (10/02), a Via 240, próximo à Avenida Cristiano Machado, no Bairro Primeiro de Maio, na Região Nordeste de Belo Horizonte, para pedir assistência ao poder público e soluções para as enchentes no entorno. Os participantes do movimento cobraram uma resposta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
De acordo com os organizadores da manifestação, uma reunião estava marcada com moradores, líderes comunitários e representantes da PBH, às 19h, em uma creche do Primeiro de Maio. No entanto, ninguém do Executivo municipal compareceu, segundo a vereadora Bella Gonçalves (Psol).
“Até hoje não receberam atendimento adequado da prefeitura. Às pessoas que estão desabrigadas, a alternativa que está sendo proposta é um abrigo, isso em plena pandemia. Há pouca transparência, porquê essa enchente aconteceu e qual destinação vai ser dada para os atingidos”, disse a vereadora em sua rede social.
Os moradores também pedem uma solução para o escoamento de ribeirões da região, além de assistência para quem foi atingido de alguma forma pelo temporal de domingo (07/02), como por exemplo, para quem perdeu móveis e eletrodomésticos, quem teve imóveis danificados, entre outros.
De acordo com a BHTrans, empresa que controla o trânsito em Belo Horizonte, até às 20h30 o fluxo na região da Estação São Gabriel, onde se concentra a manifestação, era lento no sentido centro/bairro.
Em nota, a PBH informou que já realizou cadastros de 349 famílias do Primeiro de Maio para ajuda humanitária e que já entregou 259 cestas básicas, além de 589 colchões, 408 cobertores e 1.450 marmitex. Sobre a reunião citada pelos moradores, o Executivo municipal disse que desconhece que tenha havido o agendamento.
O Executivo municipal também afirmou que 19 famílias do Primeiro de Maio receberam indicação de remoção das residências. Do número, 17 foram abrigadas em casa de parentes e que o abono pecuniário já foi providenciado, além de uma família que recusou abrigamento temporário e outra que foi encaminhada ao abrigo São Paulo, sendo ofertado o abono pecuniário em caráter emergencial.
Em nota, a PBH informou que já realizou cadastros de 349 famílias do Primeiro de Maio para ajuda humanitária e que já entregou 259 cestas básicas, além de 589 colchões, 408 cobertores e 1.450 marmitex. Sobre a reunião citada pelos moradores, o Executivo municipal disse que desconhece que tenha havido o agendamento.
O Executivo municipal também afirmou que 19 famílias do Primeiro de Maio receberam indicação de remoção das residências. Do número, 17 foram abrigadas em casa de parentes e que o abono pecuniário já foi providenciado, além de uma família que recusou abrigamento temporário e outra que foi encaminhada ao abrigo São Paulo, sendo ofertado o abono pecuniário em caráter emergencial.
Segundo protesto na semana
Na última segunda-feira (08/02), dezenas de moradores protestaram, pedindo para que a prefeitura tomasse providências sobre os transtornos causados pelas enchentes que devastaram a região no último fim de semana. O temporal inundou casas, arrastou móveis e causou muitos prejuízos aos habitantes.
O comércio da região também acumulou perdas. Sandro Amaro, gerente de um hortifruti situado às margens da Via 240, diz que a enxurrada deixou gôndolas de até um metro de altura submersas. Até o momento ele calcula 30 quilos de alimentos perdidos. Ele credita o alagamento a obras em andamento na Estação São Gabriel.
"É barro, é entulho pra todo lado. Com a obra, esse pedaço aqui virou um caldeirão", afirma o comerciante.
O Estado de Minas questionou a Prefeitura de Belo Horizonte, na segunda-feira, sobre as ações planejadas para socorrer os desabrigados, bem como para evitar futuros alagamentos no entorno do Bairro Primeiro de Maio. Confira a nota na íntegra.
"A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), informa que está em andamento a primeira etapa das obras de otimização do sistema de Macrodrenagem da Bacia do Ribeirão do Onça, na região Nordeste. A obra irá contribuir na diminuição do risco de enchentes na avenida Cristiano Machado, próximo aos bairros São Gabriel e Primeiro de Maio. Será feita a implantação de canal paralelo à canalização existente do Ribeirão do Onça, iniciando nas proximidades do cruzamento da avenida Cristiano Machado com avenida Risoleta Neves até a divisa com a faixa de domínio da CBTU dentro da Estação São Gabriel, numa extensão de 286,96 metros.
No trecho final, próximo à faixa de domínio da CBTU, esta nova estrutura se interligará ao canal já existente do Ribeirão do Onça. O objetivo é duplicar o canal existente e, por consequência, aumentar a capacidade de vazão dos mesmos para conduzir as águas das chuvas. Estão sendo investidos R$ 44,7 milhões, com recursos provenientes do Fundo Municipal de Saneamento e do financiamento junto ao governo federal. A previsão de término dos trabalhos é no segundo semestre de 2021.
A Sudecap informa ainda que outros dois empreendimentos na Bacia do Ribeirão do Onça, na região Nordeste, estão previstos:
- Com licitação de obra prevista para este ano, a otimização do canal de macrodrenagem do Ribeirão Pampulha prevê intervenções que vão da Estação São Gabriel até a esquina da avenida Sebastião de Brito.
- Em fase de captação de recursos e estudos de viabilidade, a primeira etapa das obras no córrego Cachoerinha para prevenção de enchentes na avenida Bernardo Vasconcelos, prevê a implantação de um canal paralelo em trecho próximo ao Minas Shopping até o seu lançamento no Ribeirão do Onça, melhorando as condições de escoamento deste curso d' água. A obra irá mitigar as inundações na avenida Bernardo Vasconcelos no seu encontro com a avenida Cristiano Machado."