Servidores ativos e aposentados da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) protestaram, nesta quinta-feira (11/02), em frente ao Detran-MG, no Bairro Nova Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. O grupo reivindicou o pagamento do décimo terceiro e das férias por parte do governo de Minas.
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Os servidores se aglomeraram na porta do Detran-MG durante todo o dia e seguraram cartazes com frases de repúdio aos atrasos cometidos pelo governo Zema.
Nesta sexta-feira (12/02), uma reunião será realizada na Cidade Administrativa com o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, para discutir uma possível negociação. Se o acordo for feito, as manifestações se encerrarão.
Detran-MG
Com o atendimento interrompido em decorrência do protesto, o Detran informou que “as pessoas que não foram atendidas nesta quinta podem comparecer ao Detran durante todo o mês de fevereiro em qualquer data e horário para realizar o atendimento perdido”.
O que diz o governo
Em nota ao Estado de Minas, o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), comunicou que “no momento, o Estado aguarda nova disponibilidade de recursos para dar sequência aos pagamentos”.
Leia a nota na íntegra
O pagamento das férias-prêmio convertidas em espécie deixou de ser creditado aos servidores em 2015. Apesar da crise financeira enfrentada pelo Estado de Minas Gerais, a atual administração conseguiu realizar alguns pagamentos em novembro de e dezembro de 2019 para os servidores que tiveram aposentadoria publicada ao longo dos anos de 2013 e 2014. No momento, o Estado aguarda nova disponibilidade de recursos para dar sequência aos pagamentos.
Os servidores aposentados por invalidez ou que se encontram isentos da tributação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) em decorrência de doença grave, nos termos do inciso XVI, art. 6º, da Lei federal nº 7.713, de 22/12/1998, estão recebendo normalmente.
A reportagem pediu um posicionamento à Polícia Civil e aguarda retorno.
A reportagem pediu um posicionamento à Polícia Civil e aguarda retorno.
Nomeação
Durante a nomeação do novo chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva, o governador Romeu Zema enunciou sobre a importância do comando da Polícia e os problemas enfrentados ao longo dos anos.
“A Polícia Civil sempre foi vítima de certas interferências externas que nada contribuem e só prejudicam. Sabemos que a Polícia Civil em uma incidência maior do que as outras forças de segurança tem sido prejudicada por pessoas da corporação que não procedem de acordo com os princípios que nós julgamos corretos”, afirmou Zema.
Disse ainda que cabe ao novo chefe fazer as reformas para que não ocorra esse tipo de situação.
Um delegado da Polícia Civil, que não quis se identificar, disse que as falas de Zema sobre possíveis comportamentos inadequados da corporação não ofenderam a ele.
Alfinetou dizendo que “outros governadores também deixaram de honrar compromissos para com servidores, não pagando salários e décimo terceiro, mesmo tendo dinheiro em caixa, não obstante nenhum deles tenha sido proprietário de conglomerado de empresas”.
Joaquim Francisco Neto e Silva é delegado desde 1997 e já coordenou delegacias do interior do estado. Ele assumiu o lugar de Wagner Pinto de Souza.
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
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