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Estado de Minas VITÓRIA CONTRA A COVID-19

'É preciso levar essa doença a sério', diz paciente de Manaus, em Uberaba

Pouco antes de seguir para o aeroporto local, emocionados, últimos pacientes a deixar Uberaba agradeceram aos profissionais do Hospital Regional José Alencar


11/02/2021 20:21 - atualizado 11/02/2021 20:22

Dos 18 pacientes de Manaus transferidos em 24 de janeiro para o Hospital Regional de Uberaba, o economista Ney Luciano e o fotógrafo Aléssio Wanner foram os últimos a receber alta médica; oito pessoas morreram(foto: Renato Manfrim)
Dos 18 pacientes de Manaus transferidos em 24 de janeiro para o Hospital Regional de Uberaba, o economista Ney Luciano e o fotógrafo Aléssio Wanner foram os últimos a receber alta médica; oito pessoas morreram (foto: Renato Manfrim)

O fotógrafo Aléssio Wanner, de 50 anos, e o economista Ney Luciano, de 43, os dois últimos pacientes de Manaus com a COVID-19, que estavam internados no Hospital Regional José Alencar (HR), em Uberaba, receberam alta e voltaram para a capital do Amazonas no início da tarde desta quinta-feira (11) em voos comerciais, fretados pelo Ministério da Saúde.

 
Muito emocionado, Aléssio disse que estava muito feliz por poder voltar para casa e porque também conheceu pessoas maravilhosas no HR. “Pessoas que me receberam com o brilho nos olhos, com amor na alma. Pessoas como a Fran, a Maria Clara e o Pedro, que são boas de coração. Foram muito gentis e generosos. Minha vida não vai ser mais a mesma depois de conhecer essas pessoas e isso eu vou sempre levar comigo”, disse com emoção.
 
Como forma de alerta às pessoas que não se cuidam adequadamente nesta época de pandemia, Aléssio, que passou um dia na UTI, conta que a COVID-19 é assustadora. “É preciso levá-la a sério. Não brinquem com isso não. Essa doença mata por insuficiência respiratória; a pessoa morre agonizando. Você tem crises de aceleração de peito e você chega a acreditar que está morrendo naquela hora”, contou.
  

Cinco dias na UTI

 
Com a voz ainda um pouco fraca, o economista Ney Luciano passou cinco dias na UTI, mas disse acreditar piamente que só sobreviveu à COVID-19 porque foi transferido para o HR de Uberaba. “Vindo para cá a minha melhora foi decisiva. Porque aqui existe toda uma estrutura. Só levo gratidão de Uberaba. O atendimento foi maravilhoso, muito humanizado e a equipe foi muito prestativa. Uberaba está no meu coração e esses profissionais daqui sempre vão estar nas minhas orações porque são profissionais que você vê que fazem o seu trabalho com amor e dedicação”, agradeceu. 
 
Segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Uberaba, eles embarcaram no aeroporto local às 15h10 com destino a Belo Horizonte, com previsão de chegada às 16h15. Em BH, às 17h10, eles seguiram para Campinas (SP), com chegada prevista para as 18h25. E em Campinas, o último voo sairá às 22h, com previsão de chegada em Manaus às 0h40 desta sexta-feira (12/01).
 
Após pedido do estado, eles haviam sido transferidos para o hospital com outros 16 pacientes em 24 de janeiro; oito deles (cinco homens e três mulheres) morreram e, além de Aléssio e Ney, outras oito pessoas se recuperaram e já estão em suas casas.

As mortes 

 
O óbito do primeiro paciente vítima da COVID-19 que veio de Manaus para o Hospital Regional de Uberaba, de um homem de 70 anos, ocorreu na noite de 28 de janeiro. A segunda morte, um homem de 48, foi registrado na tarde do dia seguinte (29/1).

O terceiro paciente, uma mulher de 44, morreu no sábado (30). A quarta vítima, mulher de 58, na manhã dessa segunda-feira (1º/2), o quinto paciente, homem de 57 anos, na tarde desta quarta-feira (3/2), o sexto paciente, homem de 41 anos, na noite desta quarta-feira (3/2), o sétimo paciente, homem de 32 anos, na manhã deste sábado (6/2) e o oitavo paciente, uma mulher de 33 anos, na tarde deste domingo (7/2). 

Sem resultados 


Em 25 de janeiro, os pacientes de Manaus foram submetidos à coleta de material para exame de sequenciamento genético para definir qual a cepa do vírus. O material seguiu para o laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, sendo que o exame não ficou pronto até hoje.

Dessa forma, a todo momento todos os internados ficaram em alas totalmente isoladas e com acompanhamento de profissionais específicos, além de uma enfermeira que veio de Manaus.

Cleiciane Costa Cardoso, foi o contato dos pacientes com suas famílias. “Além disso, eu fiz todo o acompanhamento com relação às altas médicas e os óbitos”, contou ela que voltará para Manaus nesta sexta-feira (12/02), também em voo comercial fretado pelo Ministério da Saúde. 


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