“Se tudo correr bem”, o estado reunirá doses suficientes para imunizar toda a população acima de 60 anos contra a COVID-19 até abril. A afirmação foi feita em entrevista coletiva concedida nessa quinta-feira (11/2), pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
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Estoque
Minas acumula, até o momento, 1,17 milhão de vacinas - 980,6 mil frascos de CoronaVac, produto desenvolvido pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e 190,5 mil de Covishield, criado pela Universidade Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Juntas, essas remessas garantem duas doses de CoronaVac a 490,3 mil pessoas e uma dose de Covishield a 190,5 mil.
Na hipótese mais otimista, há cerca de 146 mil maiores de 60 contemplados nesse universo: 38,5 mil institucionalizados (estimativa do Ministério da Saúde) e 107,9 mil fora de asilos - que começaram a ser imunizados nessa terça-feira (9/2), quando Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) enviou 315,6 mil doses aos municípios mineiros.
A cobertura integral do grupo até abril, portanto, requer o recebimento de ao menos mais 6,75 milhões de doses nas próximas semanas.
Otimista, o secretário Carlos Eduardo Amaral aposta nos anúncios recentes do Ministério da Saúde. Segundo o dirigente, embora haja alta demanda por vacinas em todo o mundo, o que acaba por gerar atrasos na chegada das doses, há sinais que indicam uma melhora no cenário.
Previsões
Um deles seria a adesão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan ao consórcio Covax Facility, que prevê a importação de 10,6 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca em duas remessas. A expectativa é de que a primeira, com metade das unidades, seja entregue ainda em fevereiro (a outra está programada para junho).
Amaral cita ainda o início da produção em larga escala de vacinas pelo Instituto Butantan, ao qual o Ministério da Saúde encomendou 100 milhões de doses de CoronaVac. A instituição anunciou que deve liberar 8,6 milhões até o fim do mês deste mês.
O outro carregamento mais próximo viria da Fiocruz. A Fundação já iniciou a produção de 2,8 milhões de imunizantes de Oxford/AstraZeneca. O primeiro milhão deve ficar pronto entre 15 e 19 de março.
Há, portanto, 14,9 milhões de doses no radar imediato do país, com entregas previstas até meados de março (5,3 milhões da Covax Facility, 8,6 milhões do Butantan e 1 milhão da Fiocruz). Segundo o critério de distribuição proporcional adotado pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), Minas teria direito a cerca de 20% desse montante. Ou seja, em torno de 2,9 milhões de vacinas, pouco mais da metade necessária para vacinar os mineiros acima de 60 anos.
No mais, ainda não há números nem cronogramas definidos, mas perspectivas positivas. Por exemplo, o anúncio feito nesta quarta-feira (10/2) pelo diretor do Butantan, Dimas Covas. Ele afirmou que, a partir de meados de março, a instituição entregará 1,6 milhão de unidades por dia ao Programa Nacional de Imunização (PNI), de modo que a encomenda de 100 milhões de ampolas do governo federal seria concluída em 160 dias.
A Fiocruz também calcula que é capaz de produzir 17,3 milhões de doses da CoronaVac até primeira quinzena de março. A fabricação desse volume, no entanto, depende da chegada de novas remessas de insumos da China.
Ritmo
A vacinação da população de Minas acima de 60 também vai demandar aumento na velocidade da campanha no estado. Conforme demonstrado pelo Estado de Minas, o ritmo atual é 19,5 mil administrações contra o vírus por dia. Para dar conta de todos os idosos até abril, o poder público teria de ser ao menos cinco vezes mais rápido. Ou seja: atender cerca de 112 mil pessoas por dia.
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O que é o coronavírus
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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