De acordo com o MPMG, a denúncia é de que profissionais de saúde fora da linha de frente de combate à pandemia receberam os imunizantes fora de hora. São pessoas que trabalham em clínicas da cidade.
Esse grupo faz parte do planejamento da prefeitura local, mas está atrás, em termos de prioridade, de outras pessoas que ainda não foram vacinadas.
Segundo o MP, o cronograma do Executivo municipal começa com a imunização dos idosos de asilos públicos. Na sequência, os profissionais de saúde na linha de frente.
Depois, aqueles com mais de 75 anos. Só depois que todas essas pessoas fossem vacinadas, segundo o MP, os demais profissionais de saúde seriam imunizados.
Diante da situação, a promotoria encaminhou um pedido de esclarecimento sobre a suspeita à Câmara dos Vereadores de Paracatu e à prefeitura.
Além disso, o MP notificou a Secretaria de Saúde de Paracatu. O objetivo é que a pasta apresente até esta quinta (18/2) um relatório.
O documento deve constar informações sobre quais pessoas foram vacinadas e a qual grupo prioritário elas pertencem. Também ressaltar quem foram os responsáveis pela aplicação das doses.
Em nota, a Prefeitura de Paracatu informou que "as denúncias são absolutamente vazias" e que não há "nenhuma mínima sombra de razoabilidade ou crédito ao que agora se apura".
O Executivo municipal esclarece que os profissionais de saúde que trabalham em clínicas, no caso os dentistas, estão incluídos na primeira fase do Plano Nacional de Imunização.
Pandemia em Paracatu
Até esta sexta, conforme números da prefeitura, Paracatu registra 3.961 casos confirmados de COVID-19. A cidade registra 52 mortes pela doença e outra é investigada.
Além disso, as UTIs do hospital municipal registram ocupação de 57%. Já as enfermarias de 74%.