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Estado de Minas COVID-19

Minas precisa de 6,7 mi de doses para vacinar idosos contra COVID até abril

Atraso no carregamentos de novos imunizantes compromete expectativa do estado, segundo a Secretaria de Saúde


13/02/2021 04:00 - atualizado 12/02/2021 23:57

Secretário Carlos Eduardo Amaral: atraso no repasse de vacina compromete cronograma de vacinação(foto: FÁBIO MARCHETTO/IMPRENSA MG)
Secretário Carlos Eduardo Amaral: atraso no repasse de vacina compromete cronograma de vacinação (foto: FÁBIO MARCHETTO/IMPRENSA MG)


“Se tudo correr bem”, Minas Gerais reunirá doses suficientes para imunizar toda a população acima de 60 anos contra a COVID-19 até abril. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva. Para que se concretize, a expectativa exige repasses de carregamentos sem atrasos pela União e esforço hercúleo para acelerar a campanha de imunização. O estado, afinal, precisa de ao menos 6,9 milhões de unidades de vacina apenas para proteger esse público, estimado em 3,45 milhões de habitantes pelo IBGE. E, uma vez recebido, esse volume precisaria ser aplicado em cerca de 60 dias, o que significa aumentar cinco vezes a velocidade da vacinação.

Minas acumula, até o momento, 1,17 milhão de vacinas – 980,6 mil frascos de CoronaVac, produto desenvolvido pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e 190,5 mil de Covishield, criado pela Universidade Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Juntas, essas remessas garantem duas doses de CoronaVac a 490,3 mil pessoas e uma dose de Covishield a 190,5 mil.

Na hipótese mais otimista, há cerca de 146 mil maiores de 60 contemplados nesse universo: 38,5 mil institucionalizados (estimativa do Ministério da Saúde) e 107,9 mil fora de asilos – que começaram a ser imunizados começaram a ser imunizados na terça-feira, quando Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) enviou 315,6 mil doses aos municípios mineiros. A cobertura integral do grupo até abril, portanto, requer o recebimento de ao menos mais 6,75 milhões de doses nas próximas semanas.

Otimista, o secretário Carlos Eduardo Amaral aposta nos anúncios recentes do Ministério da Saúde. Segundo o dirigente, embora haja alta demanda por vacinas em todo o mundo, o que acaba por gerar atrasos na chegada das doses, há sinais que indicam uma melhora no cenário.

Um deles seria a adesão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan ao consórcio Covax Facility, que prevê a importação de 10,6 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca em duas remessas. A expectativa é de que a primeira, com metade das unidades, seja entregue ainda em fevereiro (a outra está programada para junho).

Amaral cita ainda o início da produção em larga escala de vacinas pelo Instituto Butantan, ao qual o Ministério da Saúde encomendou 100 milhões de doses de CoronaVac. A instituição anunciou que deve liberar 8,6 milhões até o fim deste mês. O outro carregamento mais próximo viria da Fiocruz. A Fundação já iniciou a produção de 2,8 milhões de imunizantes de Oxford/AstraZeneca. O primeiro milhão deve ficar pronto entre 15 e 19 de março.

Há, portanto, 14,9 milhões de doses no radar imediato do país, com entregas previstas até meados de março (5,3 milhões da Covax Facility, 8,6 milhões do Butantan e 1 milhão da Fiocruz). Segundo o critério de distribuição proporcional adotado pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), Minas teria direito a cerca de 20% desse montante. Ou seja, em torno de 2,9 milhões de vacinas, pouco mais da metade necessária para vacinar os mineiros acima de 60 anos.

BUTANTAN

No mais, ainda não há números nem cronogramas definidos, mas perspectivas positivas. Por exemplo, o anúncio feito na quarta-feira pelo diretor do Butantan, Dimas Covas. Ele afirmou que, a partir de meados de março, a instituição entregará 1,6 milhão de unidades por dia ao Programa Nacional de Imunização (PNI), de modo que a encomenda de 100 milhões de ampolas do governo federal seria concluída em 160 dias.

A Fiocruz também calcula que é capaz de produzir 17,3 milhões de doses da CoronaVac até primeira quinzena de março. A fabricação desse volume, no entanto, depende da chegada de novas remessas de insumos da China. A vacinação da população de Minas acima de 60 também vai demandar aumento na velocidade da campanha no estado. O ritmo atual é 19,5 mil administrações contra o vírus por dia. Para dar conta de todos os idosos até abril, o poder público teria de ser ao menos cinco vezes mais rápido, ou seja: atender cerca de 112 mil pessoas por dia.
 
(foto: PABLO SANTOS/PMD)
(foto: PABLO SANTOS/PMD)
 

Hora da vacina

Idosos com mais de 90 anos começaram a receber ontem a primeira dose da vacina contra a COVID-19, em Divinópolis, Centro-Oeste de Minas. A cidade recebeu 1.180 doses da CoronaVac para imunizar o público alvo deste grupo prioritário, seguindo o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Carlos Pereira, de 91 anos, puxou a fila e foi o primeiro acima de 90 anos a ser imunizado na cidade. Ele recebeu a dose no posto de saúde do Bairro Bom Pastor. Quem também foi imunizada é Maria Alice, de 90 anos. Ela recebeu a vacina em casa, no Bairro Tietê. Divinópolis recebeu até agora 12.332 doses do imunizante. Foram 4.523 pessoas que tomaram a primeira dose e 2.297 a segunda, segundo dados do vacinômetro da Semusa. (Amanda Quintiliano/Especial para o EM)

 
(foto: Marcelo Metzker/ALMG - 4/4/14)
(foto: Marcelo Metzker/ALMG - 4/4/14)

LUTO

Morreu ontem o diretor-geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG), Fabrício Torres Sampaio, em decorrência de complicações da COVID-19. Natural de Itabira, ele era formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Teve longa carreira na Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e foi secretário da pasta em 2014, quando Alberto Pinto Coelho Júnior sucedeu a Antônio Anastasia no governo de Minas. Também foi secretário-adjunto da Setop. No DEER-MG, Fabrício iniciou a carreira em 1972. Também foi chefe dos escritórios especiais de obras de Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha, e Belo Horizonte. Foi ainda chefe da Assessoria de Planejamento e Coordenação, assessor técnico do diretor-geral, vice-diretor-geral e diretor de operação de vias.

 
 


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