Seis Repúblicas estudantis de Ouro Preto, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram flagradas fazendo festa clandestina e cada uma foi multada no valor de 100 Unidades Padrão Municipal (UPM), o que equivale a R$ 9.915, e uma delas teve um aparelho de som apreendido.
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No relatório parcial de vistoria e fiscalização, das 18h de sexta-feira (12/02) até as 6h dessa segunda (15/02), foram realizadas 273 diligências em diversos pontos da sede do município e nos distritos.
O foco principal foram as repúblicas estudantis, bares, restaurantes, residências particulares e outros pontos de possível aglomeração e/ou com possibilidade de realização de eventos clandestinos.
O foco principal foram as repúblicas estudantis, bares, restaurantes, residências particulares e outros pontos de possível aglomeração e/ou com possibilidade de realização de eventos clandestinos.
Nesse período, segundo o relatório, foram registrados 17 autos de infração, um deles foi na República Ninho de Amor, localizada no Centro Histórico. Outro auto com destaque foi no distrito de Lavras Novas, onde um bar foi autuado por aglomeração e música ao vivo. No subdistrito Chapada, distrito de Santo Antônio do Leite, uma festa clandestina também foi paralisada.
Atividade econômica fechada
Após as festividades de fim de ano, Ouro Preto regrediu para a onda vermelha do Plano Minas Consciente. Um decreto entrou em vigor em 11 de janeiro e o comércio considerado não essencial na segunda versão do programa estadual teve que fechar as portas por 15 dias.
De acordo com boletim epidemiológico de 9 de janeiro, data da publicação do decreto, 1.685 casos de COVID-19 foram confirmados desde o início dos registros, 16 pessoas estavam internadas e 43 pessoas morreram. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 na Santa Casa de Ouro Preto seguia em 90%.
Esse período foi lembrado pelo prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, que orienta as pessoas não adotarem o mesmo comportamento dos períodos das festividades de final de ano e a cidade ter que fechar novamente as atividades econômicas após o carnaval.
“Muitos se esquecem que ainda estamos em pandemia, o carnaval não se realiza, mas muitos ainda querem soltar a sua euforia. Já tivemos a experiência das festas do final de 2020 e em janeiro tivemos que fechar diversas atividades econômicas. Com isso, não queremos que num período pós carnaval isso ocorra novamente,” recomenda.
No boletim epidemiológico dessa segunda-feira (15/02) o número de casos confirmados na cidade saltou para 2.530, 12 pessoas estão internadas, 132 em isolamento domiciliar e 49 mortes foram confirmadas. A taxa de ocupação de leitos de UTI para COVID-19 na Santa Casa de Ouro Preto está em 100%.
Nas redes sociais de uma das repúblicas multadas é afirmado que o grupo de estudantes cancelou a tradicional festa de carnaval.
“O que aconteceu no domingo (14/02), data da aplicação indevida da multa, foi uma reunião entre os próprios moradores da república e suas respectivas namoradas, sem nenhum propósito comercial. Percebam que não se tratou de festa clandestina”.