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Estado de Minas PANDEMIA

Repúblicas de Ouro Preto fazem festas clandestinas; multa é de R$ 10 mil

Carnaval está proibido em Ouro Preto para conter a propagação da COVID-19. Desde 29 de janeiro a cidade aplica multas nos responsáveis por aglomerações


16/02/2021 13:43 - atualizado 17/02/2021 11:45

Foram realizadas 273 diligências em diversos pontos da sede do município e nos distritos, com foco nas repúblicas estudantis e outros pontos de possível aglomeração e/ou com possibilidade de realização de eventos clandestinos(foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Defesa Social)
Foram realizadas 273 diligências em diversos pontos da sede do município e nos distritos, com foco nas repúblicas estudantis e outros pontos de possível aglomeração e/ou com possibilidade de realização de eventos clandestinos (foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Defesa Social)
Seis Repúblicas estudantis de Ouro Preto, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram flagradas fazendo festa clandestina e cada uma foi multada no valor de 100 Unidades Padrão Municipal (UPM), o que equivale a R$ 9.915, e uma delas teve um aparelho de som apreendido.
 
De acordo com o Departamento de Fiscalização, da Secretaria de Defesa Social de Ouro Preto, as quatro multas e a apreensão do som ocorreram nesse domingo (14/02) e outras duas repúblicas foram multadas na segunda-feira (15/02).
 
Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização, José Geraldo de Oliveira, essas ações se intensificaram no período de carnaval e vai até as 6h desta quarta-feira (17/02). As ações ocorrem com o apoio da Polícia Militar e o objetivo é conter aglomerações na cidade, segundo as diretrizes estabelecidas pelo Plano Minas Consciente.
 
No relatório parcial de vistoria e fiscalização, das 18h de sexta-feira (12/02) até as 6h dessa segunda (15/02), foram realizadas 273 diligências em diversos pontos da sede do município e nos distritos. 

O foco principal foram as repúblicas estudantis, bares, restaurantes, residências particulares e outros pontos de possível aglomeração e/ou com possibilidade de realização de eventos clandestinos.
 
Nesse período, segundo o relatório, foram registrados 17 autos de infração, um deles foi na República Ninho de Amor, localizada no Centro Histórico. Outro auto com destaque foi no distrito de Lavras Novas, onde um bar foi autuado por aglomeração e música ao vivo. No subdistrito Chapada, distrito de Santo Antônio do Leite, uma festa clandestina também foi paralisada. 
 

Atividade econômica fechada

Após as festividades de fim de ano, Ouro Preto regrediu para a onda vermelha do Plano Minas Consciente. Um decreto entrou em vigor em 11 de janeiro e o comércio considerado não essencial na segunda versão do programa estadual teve que fechar as portas por 15 dias. 
 
De acordo com boletim epidemiológico de 9 de janeiro, data da publicação do decreto, 1.685 casos de COVID-19 foram confirmados desde o início dos registros, 16 pessoas estavam internadas e 43 pessoas morreram. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 na Santa Casa de Ouro Preto seguia em 90%.
 
Esse período foi lembrado pelo prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, que orienta as pessoas não adotarem o mesmo comportamento dos períodos das festividades de final de ano e a cidade ter que fechar novamente as atividades econômicas após o carnaval.
 
“Muitos se esquecem que ainda estamos em pandemia, o carnaval não se realiza, mas muitos ainda querem soltar a sua euforia. Já tivemos a experiência das festas do final de 2020 e em janeiro tivemos que fechar diversas atividades econômicas. Com isso, não queremos que num período pós carnaval isso ocorra novamente,” recomenda.

No boletim epidemiológico dessa segunda-feira (15/02) o número de casos confirmados na cidade saltou para 2.530, 12 pessoas estão internadas, 132 em isolamento domiciliar e 49 mortes foram confirmadas. A taxa de ocupação de leitos de UTI para COVID-19 na Santa Casa  de Ouro Preto está em 100%.
 
Nas redes sociais de uma das repúblicas multadas é afirmado que o grupo de estudantes cancelou a tradicional festa de carnaval.
 
“O que aconteceu no domingo (14/02), data da aplicação indevida da multa, foi uma reunião entre os próprios moradores da república e suas respectivas namoradas, sem nenhum propósito comercial. Percebam que não se tratou de festa clandestina”. 
  



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