A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai determinar, nos próximos dias, a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais em todo o estado. A decisão, porém, não se aplica aos pacientes cardíacos ou oncológicos de maior gravidade. A medida, válida por 15 dias, é uma ação preventiva para evitar o esgotamento da rede pública de assistência.
Na última semana, Minas registrou aumento de 3,2% no número de casos e 4,1% nas mortes pela COVID-19.
O anúncio foi feito durante a reunião do Comitê Extraordinário COVID-19 nesta terça-feira (16/2) e será válida para as redes pública e privada (contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde - SUS).
A determinação vai ampliar para todos os municípios mineiros a resolução da SES publicada no último sábado (13/2), que suspendia as cirurgias não eletivas em sete regiões do estado.
A determinação vai ampliar para todos os municípios mineiros a resolução da SES publicada no último sábado (13/2), que suspendia as cirurgias não eletivas em sete regiões do estado.
“A medida tem como objetivo minimizar a sobrecarga no sistema de saúde para o atendimento de pacientes com COVID-19. A ação também vai permitir que a secretaria tenha mobilidade no planejamento estratégico de readequação e redistribuição de pacientes, equipes médicas e equipamentos para regiões em que a incidência da doença está maior”, afirmou o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho.
Triângulo do Norte
A medida se soma a outras tomadas pelo governo de Minas para reforçar o enfrentamento da COVID-19 no estado. Nesta terça-feira (16/2), o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, visitou a macrorregião Triângulo do Norte para auxiliar na organização do fluxo de pacientes e da estruturação da assistência, que vem sendo muito exigida devido ao aumento do número de contaminados na região.
O governo de Minas também enviou para Coromandel e Uberlândia uma força-tarefa com profissionais da SES-MG, médico infectologista e paliativista do Hospital Eduardo de Menezes da Rede Fhemig e uma equipe completa de saúde da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).
As aeronaves do Estado também estão mobilizadas para atuar na transferência de pacientes para outras regiões em que o sistema de saúde esteja menos sobrecarregado, assim como no transporte de profissionais de saúde e equipamentos para os locais de maior necessidade.
Minas Consciente
Durante a reunião do Comitê Extraordinário COVID-19 foi determinado ainda que a região Sul progredisse para a onda amarela do plano Minas Consciente, criado para auxiliar a retomada da economia de forma gradual e segura. Com isso, ela se junta às regiões Oeste, Centro-Sul, Sudeste, Vale do Aço, Leste e Norte, que permanecem na onda amarela.
Já as regiões Triângulo do Norte, Triângulo do Sul, Centro, Jequitinhonha, Nordeste e Leste do Sul continuam na onda vermelha, a mais restritiva do plano. Nenhuma das regiões de saúde está atualmente na onda verde, a mais flexível.
Nesta terceira fase do Minas Consciente, todas as atividades ficam permitidas em todas as ondas, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.
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Até esta terça-feira (16/2), 665 municípios já haviam aderido ao plano, o que representa 78% do estado. Ao todo, 12,4 milhões de mineiros foram beneficiados pelas medidas.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz