Duzentos policiais federais percorrem 39 cidades mineiras nesta quinta-feira (18/02) atrás de beneficiários de fraudes no Auxílio Emergencial, benefício destinado à população de baixa renda no ano passado, em função da pandemia da COVID-19. A chamada Operação Terceira Parcela também é realizada nos estados da Bahia, Tocantins e Paraíba, onde são cumpridos sete mandados judiciais.
Leia Mais
Guaxupé vai pagar auxílio emergencial para mais de 1.600 famíliasSeis são presos em Sete Lagoas acusados de fraudar o auxílio emergencialSuspeita de fraudar auxílio emergencial presa em banco em MG com R$ 60 milPolícia Federal vai atrás de fraudadores do Auxílio Emergencial em MinasMachado vai pagar auxílio emergencial de R$ 800 aos músicos da cidadeJustiça americana liberta mineiro acusado de terrorismo em MassachusettsCoronavírus: Minas registra 140 mortes pela doença nas últimas 24 horasTrês homens que fingiam ser policiais civis do Rio são presos em BarbacenaEngavetamento com oito veículos complica trânsito no Anel RodoviárioPF faz buscas em 4 Estados contra fraudes no auxílio emergencialIbirité inicia vacinação de idosos acima de 90 anos nesta quinta (18/02)Foram cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em outros 38 municípios:
- Araguari
- Betim
- Caetanópolis
- Campanha
- Campestre
- Contagem
- Cristiano Otoni
- Divinópolis
- Dores de Campos
- Governador Valadares
- Itamarandiba
- Ituiutaba
- Jaíba
- Juiz de Fora
- Lagoa Santa
- Luz
- Machado
- Mateus Leme
- Montes Claros
- Mutum
- Nova Lima
- Paracatu
- Paraopeba
- Passos
- Patos de Minas
- Poços de Caldas
- Pouso Alegre
- Presidente Olegário
- Ribeirão das Neves
- Sabará
- Salinas
- Santa Maria de Itabira
- Santo Antônio do Monte
- São João Nepomuceno
- Sete Lagoas
- Uberlândia
- Unaí
- Volta Grande
Como funciona
A operação é resultado de um trabalho conjunto da PF com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), que formam a Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE).O primeiro tratamento das informações, com cruzamento de dados e aplicação de filtros, é feito pelo Ministério da Cidadania e pela Caixa. As comunicações de irregularidades são enviadas ao banco, que verifica se houve fraude no pagamento.
São os casos em que o Auxílio Emergencial foi entregue a uma pessoa diferente da que possui o direito de receber o benefício. Isso pode ocorrer por clonagem de cartão e acesso indevido a sistemas e contas, entre outras hipóteses.
São os casos em que o Auxílio Emergencial foi entregue a uma pessoa diferente da que possui o direito de receber o benefício. Isso pode ocorrer por clonagem de cartão e acesso indevido a sistemas e contas, entre outras hipóteses.
Nos casos em que a instituição financeira confirma a irregularidade, os dados são enviados à Polícia Federal para que integrem a Base Nacional de Fraudes no Auxílio Emergencial (BNFAE). A ferramenta é utilizada para identificar a atuação de grupos criminosos.
Investigações continuam
“É importante destacarmos que, mesmo depois de finalizado o pagamento das parcelas do Auxílio Emergencial, as investigações continuam e têm gerado resultados como a Operação Terceira Parcela. Isso mostra que não deixaremos impunes quem se aproveitou de um momento de calamidade pública para desviar recursos voltados aos mais vulneráveis e que a estratégia integrada por diversas instituições tem sido eficiente no combate às fraudes ao benefício”, afirmou Marcos Paulo Cardoso, secretário de Avaliação e Gestão da Informação, do Ministério da Cidadania.
O Ministério da Cidadania é responsável por receber e tratar denúncias, repassando as informações para a ação dos demais órgãos no combate aos crimes relacionados aos pagamentos do benefício, que ultrapassou o número de 68 milhões de cidadãos elegíveis, o que representa 32,2% da população e cerca de 40% das residências, em um investimento de cerca de R$ 294 bilhões para pagamento das parcelas.
Memória
Em duas operações da Polícia Federal, promovidas em novembro e dezembro de 2020, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão e 13 mandados de sequestro de bens, em pelo menos 14 estados.