Jornal Estado de Minas

CRIME HEDIONDO

Suspeito de estuprar e asfixiar jovem em Mateus Leme é denunciado à Justiça


A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nessa quarta-feira (17/2) o inquérito que apurava o estupro e morte de uma jovem de 21 anos em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O homem, de 32 anos, suspeito de cometer o crime, já estava preso de forma preventiva desde o último dia 20. Ele foi indiciado pelos crimes de estupro qualificado pela morte da vítima e de roubo.





De acordo com a investigação, a jovem foi violentada e asfixiada, além de ter o aparelho celular roubado, em 16 de janeiro. A morte ocorreu em 28 de janeiro, 12 dias depois do crime, no Hospital Regional de Betim, onde a mulher estava internada.

De acordo com a Polícia Militar (PM), que atendeu a denúncia, testemunhas encontraram a jovem ferida em uma área de mata. Antes de ser levada em estado grave para uma unidade de saúde, a vítima conseguiu relatar o estupro.

Ao dar entrada no pronto-atendimento, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser internada.

No local do fato, os policiais descobriram que o criminoso havia deixado um pé de chinelo para trás. Por meio de câmeras de segurança, eles conseguiram ver um homem passando apenas com um calçado e o identificaram.





Chegando ao endereço do suspeito, a PM foi recebida pela esposa dele, que reconheceu o chinelo. O homem, que estava na casa, foi detido e teria confessado o crime.

As investigações

Os resultados da investigação foram apresentados, nesta quinta-feira (18/02), pela delegada Ligia Barbieri Mantovani, titular da Delegacia em Mateus Leme. Conforme apurado, a vítima foi abordada em uma trilha, que liga duas ruas da cidade, onde o suspeito cometeu a violência sexual, asfixiou a jovem e roubou o celular dela. “O autor não conhecia a vítima e a escolheu aleatoriamente”, observa.

Os detalhes do caso foram divulgados durante coletiva de imprensa (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Segundo a delegada, imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento próximo ao local do crime mostram quando a jovem acessa a área e, em seguida, o investigado. “É possível visualizar nitidamente o momento em que a vítima entra nessa trilha, mais precisamente às 16h09.

Às 16h11, o autor, que já estava a acompanhando visualmente, entrou atrás dela, inclusive, com as mãos nos órgãos genitais. Ele praticou o crime e, às 16h33, saiu do local correndo e calçando apenas um pé de chinelo”, detalha.





Uma pessoa que passava na região encontrou a jovem e acionou a Polícia Militar. Ligia Mantovani conta que a jovem ainda conseguiu prestar as primeiras declarações, informando que um homem desconhecido a havia abordado na trilha, cometido a violência e tentado matá-la.

“Logo após, ela ficou inconsciente. Depois, teve morte cerebral e, no dia 28 de janeiro, morreu. A causa da morte atestada na certidão de óbito é asfixia por constrição de pescoço”, diz, ao assinalar que a vítima apresentava hematoma nessa parte do corpo.

Evidências do crime

A delegada ressaltou a história apurada pela PM. “Além do chinelo, também foram encontradas as roupas utilizadas pelo autor no momento do crime, iguais às apontadas nas imagens das câmeras, e ele indicou onde escondeu o celular da vítima”, acrescenta.





Lígia Mantovani informa que o homem foi conduzido à Delegacia de Plantão e todos os procedimentos pertinentes foram realizados durante as investigações, incluindo o depoimento da companheira do suspeito.

Já o investigado não quis se pronunciar, valendo-se do direito de permanecer em silêncio. “Todos os elementos, assim como as perícias técnicas e as imagens da câmera de segurança, são claros ao apontar a autoria desse crime”, ressalta.

Antecedentes criminais

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito tem antecedentes criminais por roubo e furto, e há um boletim de ocorrência mais antigo sobre importunação, registrado por uma mulher. 

Mantovani acrescenta que a equipe está levantando se há outras vítimas que sofreram algum tipo de violência sexual por parte do investigado.

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