Para o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), a manifestação realizada nesta quinta-feira (18/2) em BH pelo retorno imediato das aulas presenciais é "irresponsável".
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"Precisamos pensar que esse é um movimento de pais de crianças privilegiadas. A realidade do estado e de Belo Horizonte, como um todo, é bem diferente. Cidades como Uberlândia, por exemplo, estão exportando pacientes por falta de leitos. Há hospitais mineiros sem oxigênio. E engana-se quem pensa que BH está à margem disso, pois o nosso sistema de saúde socorre outros municípios. Como vamos reabrir as portas diante dessa situação?", questiona a líder sindical.
Valéria Morato diz que o sindicato luta por mais celeridade na campanha de vacinação, de modo que os professores sejam vacinados e, assim, possam retornar o trabalho presencial com segurança.
"Que fique bem claro que não queremos passar na frente de ninguém. Nós lutamos pela ampliação mais ágil da imunização, de modo que os professores, que prestam um serviço essencial, sejam vacinados - de preferência, antes de assumirem as atividades presenciais", pondera Valéria.
A presidente do Sinpro conta que o sindicato se reuniu nesta quinta-feira (18/2) com o Conselho Municipal de Educação para discutir os protocolos de reabertura das escolas, além da inclusão dos trabalhadores da educação no grupo prioritário da campanha de imunização. A entidade também teria enviado à PBH um ofício solicitando uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), para tratar da mesma pauta.
O que diz a PBH
Em nota enviada à reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte sugeriu a possibilidade de retorno das aulas presenciais em março, desde que os principais indicadores da pandemia - ocupação de leitos e taxa de transmissão do novo coronavírus - se mantenham em patamares considerados seguros pelas autoridades sanitárias.
O planejamento da retomada já foi esboçado pela Secretaria Municipal de Educação. Os estudantes seriam convocados em três fases: a primeira é focada nos alunos da educação infantil de 0 a 5 anos. Em seguida, viriam os alunos de 6 a 8 anos. A última faixa reintegrada seria a das crianças e adolescentes entre 9 a 14 anos.