Os bares e restaurantes da capital foram liberados a partir desta quinta-feira (18/2) a ter apresentações musicais ao vivo nos estabelecimentos. A prefeitura publicou a decisão no Diário Oficial do Município desde quarta-feira (17/2), flexibilizando as medidas de evitar a expansão de casos de coronavírus.
Desde 10 janeiro, bares e restaurantes foram impedidos de seguir com música. Depois disso, eles e as demais atividades não-essenciais ficaram fechados depois de medida da PBH para restringir a circulação de pessoas.
Apesar disso, empresários do setor terão de seguir um protocolo de regras para garantir a segurança do público e evitar o aumento de casos.
Ficarão sob responsabilidade dos estabelecimentos:
1) Instalação de barreira física de vidro, acrílico ou outro material eficiente, com anteparos frontais e laterais, para separação entre o palco/músico(s) e o público
2) Uso obrigatório de máscara facial com cobertura de nariz e boca para os integrantes da banda, em todas as situações em que for possível e equipe técnica
3) Não permitir o compartilhamento de microfones, equipamentos e instrumentos sem a prévia higienização
4) Não permitir espaço para dança durante a apresentação musical ou em qualquer situação
5) Não permitir a circulação do(s) músico (s) entre o público
6) Orientar o público quanto às medidas de segurança para a prevenção da COVID-19 imediatamente antes do início de cada show, com ênfase no distanciamento mínimo, uso correto de máscaras e o risco do compartilhamento de objetos
7) Ficarão vedados o espaço para dança, a permanência dos clientes em pé, a exibição de eventos esportivos e outras atividades de entretenimento que causem aglomerações de pessoas
Os clientes também devem respeitar algumas regras orientadas pelas autoridades de saúde:
1) Não ir ao banheiro sem máscara
2) Evitar permanecer em pé conversando
3) Não juntar as mesas
4) Respeitar o distanciamento nas filas
5) Respeitar o horário de fechamento às 22h
Negociação com o setor
Por causa do período sem funcionar, proprietários dos estabelecimentos e entidades que representam o comércio tiveram diálogo com o poder público para explicar os constantes prejuízos desde o ano passado, quando ficaram boa parte do ano sem funcionar. A prefeitura anunciou uma série de medidas, como o parcelamento do IPTU e de outras taxas de 2020 em 37 parcelas, sem juros.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Matheus Daniel, disse que a entidade produziu uma mensagem que será veiculada pelos estabelecimentos antes das apresentações.
“Já fizemos um comunicado informando de todas as regras e produzimos uma mensagem de áudio, já que o item 6 do decreto fala que é obrigatório que se passe as informações antes do início dos shows. Já produzimos o material, que também falará de outras situações, e enviaremos aos proprietários para que eles possam reproduzir antes da apresentação. Pegamos o decreto e passamos para o pessoal de uma forma mais comunicativa”.
Ele foi contrário à proibição de shows nos estabelecimentos: “O decreto é muito bem-vindo, porque não se justificava essa proibição, no meu entendimento. Já fizemos pesquisas que provam que os bares e restaurantes não são responsáveis pelo aumento de casos. Quando a pessoa está dentro de um bar ou restaurante, ela é fiscalizada pelo próprio estabelecimento. Mas, quando ela está em casa, ela acaba se relaxando e não seguindo as normas”.
“Os comerciantes estão se preparando. Tem a questão do acrílico, que é preciso investir isso. Os proprietários precisam chamar público de volta para recuperar o movimento e pagar as contas”, acrescentou.