Alunos e responsáveis terão autonomia para decidir se participam ou não das atividades presenciais. Inclusive, a secretária de Educação de Pouso Alegre, Leila Fonseca, explica que, quando os pais se sentirem seguros para o retorno às aulas presenciais, eles poderão fazer um novo termo de compromisso dizendo que desejam que o filho volte a frequentar a instituição.
Para viabilizar o retorno seguro às aulas, a Secretaria de Educação elaborou uma série de conteúdos. "Hoje mesmo nós liberamos o site da Secretaria de Educação. Nesse site tem todas as informações que os pais precisam, e estão seguindo nosso protocolo rigorosamente", afirma Leila Fonseca.
Retorno seguro às aulas
Dentre as regras obrigatórias de convívio estão: usar máscara, manter a distância mínima de 1,50 metros das pessoas; higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel 70%; levar a própria garrafa d’água para uso pessoal; não compartilhar objetos pessoais; entre outros.
A secretária de Educação de Pouso Alegre, Leila Fonseca, também faz um apelo aos pais: "Se algum ente querido estiver com algum sintoma da COVID-19 ou se algum aluno estiver com sintomas, não leve o aluno para a escola. Procure pela UPA ou Postos de Saúde para receber as devidas orientações".
Volta às aulas divide opiniões
Os dois sindicatos que representam os profissionais da educação em Pouso Alegre – Sindicato dos Profissionais da Educação da Rede Municipal de Pouso Alegre e Região (Sipromag) e Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) -, questionam o retorno das atividades presenciais neste momento.
Recentemente, o "Terra do Mandu" conversou com representantes dos dois sindicatos, que afirmaram temer que o aumento de circulação de pessoas possa contribuir para acelerar a transmissão da COVID-19 no município. “Nós entendemos que os alunos, pela própria idade e inquietude, não se sujeitarão à normas rígidas de higiene e segurança, trazendo um grande risco de contaminação”, afirma o coordenador do Sind-UTE, Luiz Carlos da Silva.
Já a presidente do Sipromag, Dulcineia Costa, explica que o sindicato defende que as atividades sejam retomadas somente após os profissionais da educação serem vacinados. “Nós não queremos que iniciem as aulas e de repente a família dos nossos alunos e os nossos professores sejam surpreendidos porque foram contaminados, e, de repente, venham a perder a vida”, afirma Dulcineia.
No entanto, a secretaria de Educação afirma que seguindo todas as normas da Vigilância Sanitária, o retorno as aulas será seguro para alunos e profissionais da educação. "A gente sabe que o ensino presencial, a presença professor e aluno, é insubstituível. Nós temos grandes preocupações. Nos preocupamos muito com a COVID, com o contágio, mas também nos preocupamos muito com a aprendizagem, e com as defasagens da aprendizagem, e que isso vai acarretar na vida dos nossos alunos por um longo tempo", conclui Leila Fonseca.