
A delegada Gabriela Mol, que conduziu as investigações, explica o modo como agem esses criminosos. “Cyber Stalker é investigado por invadir a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas obsessivas ameaçadoras de perseguição e coação através das redes sociais, WhastApp e Instagram. O conteúdo das mensagens, encaminhadas à vítima, é extremamente ofensivo, demonstra grau acentuado de periculosidade e inclui vertente sexual altamente pejorativa”, detalhou.
Ainda segundo a delegada, por meio das estratégias de stalking, o suspeito realizou, por mais de quatro meses, ameaças de aproximação física, impondo medo à vítima.
“O suspeito chegou a encaminhar fotografias de lugares íntimos, como o local exato da residência da vítima e de familiares, além de correspondências ao local de trabalho. Pelas investigações, a grave ameaça foi sempre manifestada. O suspeito, em busca por vantagem ilícita, chegou a exigir R$ 1 milhão a título de suposta reparação de danos sob pena de causar à vítima dor e intenso sofrimento”, revelou Gabriela.
Os aparelhos eletrônicos utilizados para a prática dos crimes foram apreendidos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão e serão analisados.
O suspeito foi ouvido pela equipe da PCMG e encaminhado ao sistema prisional do Paraná, onde permanecerá preso preventivamente.
De acordo com a corporação, a pena para o crime de extorsão varia de 4 a 10 anos, além das penas correspondentes aos crimes de ameaça e contra a honra.