A primeira segunda-feira (22/01) depois do novo decreto que restringiu uma série de atividades em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi de movimento mínimo no centro da cidade e de também nas ruas e avenidas de maior comércio dos bairros. Comércio varejista foi o mais afetado, mas shoppings e restaurantes também estão com atividades diminuídas.
Avenidas como a Floriano Peixoto, no Centro, onde o comércio é forte, apenas farmácias, casas lotéricas e bancos tinha atendimento presencial, ainda que com quantidade de clientes menor e distanciamento exigido. Lojas trabalhavam com portas baixadas e o atendimento era feito por meio de pedidos por aplicativos de mensagem ou nos sites dos comércios.
Comerciantes reclamaram do baixo número de vendas. “Aqui a gente fez poucos pedidos hoje. No sábado (quando o decreto passou a valer) funcionamos, mas já não tinha muita gente. Era o esperado para hoje. Estamos entrando em contato com clientes por meio de Whatsapp e Telegram”, afirmou a gerente de uma loja de cosméticos, Camila Mariana.
Temporariamente, o movimento pela ruas aumentou devido a entregas e retiradas em restaurantes, mas o tipo de atendimento, segundo o setor não é suficiente para custeio. “No ano passado tivemos um momento bem difícil, quando a gente só podia só podia atender da forma como está hoje. Eu, por exemplo, tenho estrutura de salão e preciso manter para depois que as coisas melhorarem. Desse jeito tenho prejuízo. Espero que haja melhora rápida”, explicou o dono de um restaurante self-service, Igor Leme.
Temporariamente, o movimento pela ruas aumentou devido a entregas e retiradas em restaurantes, mas o tipo de atendimento, segundo o setor não é suficiente para custeio. “No ano passado tivemos um momento bem difícil, quando a gente só podia só podia atender da forma como está hoje. Eu, por exemplo, tenho estrutura de salão e preciso manter para depois que as coisas melhorarem. Desse jeito tenho prejuízo. Espero que haja melhora rápida”, explicou o dono de um restaurante self-service, Igor Leme.
Nos shopping centers da cidade, a maior parte dos lojistas também não poderia receber clientes por se encaixarem nas restrições do atual decreto municipal. O que chamava a atenção era o funcionamento presencial de um mínimo de estabelecimentos, como padarias, que podem receber clientes até 21h, ainda que sem consumo no local. Apesar de abertos, os shoppings alertavam para todas restrições em relação às lojas, incentivando as compras online.
Ar livre
Atividades de condicionamento físico estão proibidas novamente em academias, mas liberadas em espaços públicos ao ar livre, para, no máximo, duas pessoas em conjunto, com uso obrigatório de máscaras. O que nem sempre foi respeitado, como verificado em uma praça da Avenida Rondon Pacheco, na altura do Bairro Morada da Colina, zona sul da cidade.
Bebidas
Bares e distribuidoras de bebidas alcoólicas de Uberlândia seguem podendo vender produtos entre segunda e sexta-feira, até 18h. Supermercados também voltaram a vender as bebidas. Segundo o gerente de um empório no Bairro Planalto, Henrique Gomes, na última semana ele percebeu um pequeno aumento nas vendas da bebida. “Muita gente pensou que iria ter lei seca na cidade”, disse. Ele ainda pontuou que apesar das mudança não percebeu alteração no movimento de sua clientela, que se manteve estável.
Fiscalização
Uma força-tarefa para garantir o respeito às regras de funcionamento do comércio foi realizada no fim de semana, quando entrou em vigor a fase rígida do Plano Municipal de Funcionamento das Atividades Econômicas. “As medidas se mostraram necessárias após criteriosas análises técnicas e científicas do agravamento da evolução da pandemia na cidade. Participaram da força-tarefa a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Uberlândia, a Polícia Militar, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos e a Vigilância Sanitária”, informou a prefeitura
“A fiscalização será ininterrupta e no seu primeiro dia já esteve em todas as regiões da cidade. É preciso respeitar as regras impostas pelo Núcleo Estratégico”, disse o superintendente do Procon, Egmar Ferraz.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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