O prefeito de Santa Maria de Itabira, Reinaldo das Dores Santos (PSD), calcula que precisará de pelo menos R$ 2 milhões para recuperar a cidade da região Central de Minas Gerais que foi castigada pela enchente do Rio Girau e pelo desabamento de encostas sobre casas. O levantamento ainda está sendo feito por especialistas que percorrem o município.
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Gari que salvou a mãe de desabamento é enterrado em Santa Maria de ItabiraSanta Maria de Itabira: temporal deixa rastro de destruição pela cidadeSanta Maria de Itabira: bombeiros encontram corpo de criança soterradaIsolamento aprofunda drama após enchentes em Santa Maria de ItabiraGoverno confirma ajuda de R$ 450 milhões para cidades atingidas por chuvasO prefeito de Santa Maria de Itabira decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (22/02). "Com o decreto, vamos poder ter acesso ao dinheiro", disse o prefeito, que conversou com o governador Romeu Zema (Novo) no domingo. "Ele falou que ia priorizar Santa Maria de Itabira e que faria de tudo para reconstruir e reparar a cidade", destacou.
No domingo, o rio Girau agigantou-se pelas fortes chuvas e invadiu Santa Maria de Itabira. Casas foram destruídas, parte do calçamento foi comprometido com a força do manancial, que levou uma ponte e comprometeu outras duas. Ao todo, 129 pessoas estão desalojadas. Muitas delas perderam tudo que tinham.
A cidade está sendo reorganizada com a ajuda de empresários, prefeitos de cidades vizinhas e moradores do município. "A Vale está ajudando, vários empresários, os prefeitos da região estão ajudando com máquinas, caminhão, pessoal. Sem falar os bombeiros e a Defesa Civil, que estão atuando aqui. Há uma solidariedade muito grande das pessoas na região".
"Agora, a gente está precisando de ajuda para quem está desabrigado. Comida, água, roupas para quem perdeu tudo.E o principal é o dinheiro para reformar o município e auxiliar quem precisa", afirmou Reinaldo das Dores.
Além de pontos nas cidades próximas, Belo Horizonte também está recebendo doações. A boate Gis, na Avenida Barbacena, 33, no Barro Preto, está recolhendo roupas, água mineral e produtos de higiene pessoal de 10h às 18h.
Escolas, comércio, hospital e posto de saúde foram atingidos fortemente na cidade. Doses das vacinas contra COVID-19 que a Secretaria Municipal de Saúde recebeu para imunizar grupos prioritários (idosos, profissionais de saúde e idosos que vivem em instituições de longa permanência) foram comprometidas pelas fortes chuvas. Atingido pelas águas, o hospital foi forçado a interromper os atendimentos desde domingo.
Seis mortes já foram confirmadas. O próprio prefeito foi atingido pela tragédia. A casa dele, no bairro Nova Santa Maria, foi inundada pela água do rio. "Perdi tudo. A água entrou e ficou 20 centímetros acima da janela", lamentou.