Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19 em BH: prefeitura avança nos preparativos para retorno às aulas

A data para a volta às aulas pode estar cada dia mais próxima em Belo Horizonte. Nessa segunda-feira (22/02), os profissionais que fazem parte de grupo de risco receberam um ofício para convocação de uma perícia até 28 de fevereiro. No mês passado, a administração municipal chegou a afirmar que, caso os números da COVID-19 diminuíssem, as aulas voltariam logo em março. A data, porém, não foi divulgada






Segundo a Prefeitura de BH, trata-se de organização prévia para um eventual retorno às aulas presenciais. De acordo com o documento, a partir de 1º de março de 2021, "ficará suspenso o regime de plantão para os (as) assistentes administrativos (as) educacionais, que deverão retornar ao cumprimento normal de suas jornadas de trabalho nas escolas municipais do ensino fundamental e da Educação Infantil".

"O ofício tem como objetivo orientar os servidores com algum problema de saúde que possa ser agravado pela COVID-19 a procurar a perícia médica para emissão de laudo que defina sobre impossibilidade de trabalho presencial, se for o caso", informou a Secretaria Municipal de Educação.


Ainda de acordo com a administração municipal, assistentes administrativos educacionais com idade igual ou superior a 60 anos ou gestantes não precisam passar pela perícia. "A definição de convocação presencial para a equipe do administrativo visa antecipar a organização e preparação para um retorno presencial que será indicada pelas autoridades de saúde do município", informou a PBH.



Na última sexta-feira (19/02), a Prefeitura de Belo Horizonte publicou os protocolos de segurança para a retomada – o que indicaria um retorno próximo. Em resposta, o Sind-REDE/BH divulgou nessa segunda-feira (22/02) uma carta aberta às comunidades escolares em que explicita os motivos pelos quais é contra o retorno presencial e estuda entrar em greve caso a PBH decida uma data para a volta no atual cenário da pandemia.

Novos parâmetros


 O comitê de enfrentamento à pandemia de COVID-19 trabalha com novos parâmetros para a flexibilização. Reunião entre os membros nesta quarta-feira (24/2) vai discutir a possibilidade de estabelecer uma data.

Ontem, o infectologista Estevão Urbano, que integra o comitê, explicou que novos estudos indicam um retorno com segurança com o índice superior ao 50 contaminados por 100 mil habitantes, divulgado anteriormente pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).



"Acompanhamos um estudo norte-americano respeitado para obter os nossos parâmetros. Entendendo que o critério era muito rigoroso – difícil de atingir a curto prazo – e diante dos prejuízos para as crianças, o estudo indica seguro tolerar entre 100 e 150 novos casos por 100 mil habitantes, embora o ideal seja abaixo de 50", explicou.

É importante ressaltar que, para a reabertura, os números devem permanecer em queda. O especialista ressalta que os números são analisados diariamente e que é preciso ter atenção com a nova cepa do novo coronavírus: "Analisamos a pandemia um dia após o outro. Se houver mudança, as regras também mudam".

 

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