A taxa de ocupação das enfermarias para pacientes com COVID-19 voltou à fase de alerta em Belo Horizonte. De acordo com boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, divulgado nesta terça (23/2), exatamente metade desses leitos estão em uso.
A faixa de alerta é determinada justamente a partir dos 50%.
Atualmente, BH conta com 1.461 unidades clínicas. Portanto, 730 estão em uso e 731 vagas.
Desde o balanço do dia 9, o indicador estava abaixo dos 50% em BH. Em comparação ao levantamento dessa segunda-feira (22/2), houve aumento de 1,3 ponto percentual.
Outra estatística importante para análise sobre a pandemia é a ocupação dos leitos de UTI. Conforme esse último balanço, a taxa é de 64,2%. O parâmetro está na fase de alerta desde o boletim do dia 11.
Já na comparação com o balanço anterior, houve diminuição no parâmetro: de 65,5% para 64,2%.
Por outro lado, o número médio de transmissão por infectado subiu no boletim desta terça-feira: de 0,94 para 0,96. Ainda assim, o chamado fator RT permanece na zona controlada, abaixo de 1.
Casos e mortes
BH chegou a 160.753 casos confirmados de COVID-19. São 2.695 mortes, 4.481 pessoas ainda doentes e 99.577 recuperados.
Na comparação com o balanço anterior, o número de casos aumentou em 1.138. Já o de mortes cresceu em 24.
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 359, 32 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (324), Centro-Sul (304), Barreiro (304), Leste (302), Venda Nova (280), Pampulha (254) e Norte (241).
Além disso, no total, 1.468 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.227.
A faixa etária mais atingida de forma fatal pelo novo coronavírus em BH é a dos idosos: 83,71% (2.256 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,1% (380).
Há, ainda, 56 óbitos entre 20 e 39 anos (2,08%), um pré-adolescente, entre 10 e 14 anos (0,04%); e duas crianças, entre 1 e 4 (0,07%).
Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97,4% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 70 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 56 homens e 14 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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