As escolas de educação infantil da capital mineira, que atendem crianças de 0 a 5 anos, podem retomar as atividades aulas presenciais a partir de 1° de março.
A informação é do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 de Belo Horizonte. O grupo se reúne às 16h desta quarta-feira (24/2) para deliberar sobre a reabertura dessas instituições, cujas atividades estão completamente suspensas desde 18 de março de 2020.
"A proposta inicial é de retorno gradual, começando pela educação infantil, alunos de 0 a 5 anos e 8 meses, com todos os protocolos necessários. Para os demais estudantes, ainda não falamos em datas. Vamos avaliar os números da pandemia na reunião de hoje", conta o infectologista Unaí Tupinambás, um dos membros do comitê.
O cronograma preliminar parece coincidir com aquele esboçado em meados de fevereiro pela prefeitura. Na ocasião, o município sinalizou com a possibilidade de retorno das aulas presenciais em março, desde que os principais indicadores da pandemia se mantivessem em patamares considerados seguros pelas autoridades de saúde.
O planejamento prevê três fases. A primeira é focada nos alunos da educação infantil de 0 a 5 anos. Em seguida, viriam os alunos de 6 a 8 anos. A última faixa reintegrada seria a das crianças e adolescentes entre 9 a 14 anos.
Polêmica
O debate sobre o retorno das atividades presenciais nas escolas de Belo Horizonte ocorre em meio polêmicas e protestos envolvendo pais de alunos, professores e o poder público.
Na manhã desta quarta-feira (24/2), um movimento liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Escolas da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-REDE) fincou cruzes em frente à sede do Executivo, na Avenida Afonso Pena, Centro de BH. O ato foi realizado em protesto contra a retomada das aulas presenciais.
"Por mais que a prefeitura e os médicos digam que é possível cumprir esses protocolos, nós conhecemos o espaço das escolas e o ambiente de trabalho e sabemos que não seria viável e que seria perigoso no atual estágio da pandemia. Não conseguiríamos cumprir nem 30% das exigências", argumentou Vanessa Portugal, diretora do Sind-Rede.
Em 18 de fevereiro, as manifestações foram protagonizadas por pais de estudantes de colégios particulares da cidade. Munidos de faixas, cartazes e coroas fúnebres, eles foram às portas de 11 instituições de ensino exigir a liberação imediata das aulas.
"É um absurdo que ele (o município) tenha liberado até música ao vivo nos bares, mas ainda não tenha uma data para retomar um serviço tão essencial como a escola”, protestou Andrea Ballesteros na ocasião. Ela é mãe de uma menina de 10 anos matriculada no Colégio Loyola, no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul de BH.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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