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Superação: após um ano internado em hospital de Betim, homem recebe alta


Histórias de superação de pessoas que vencem os obstáculos merecem ser comemoradas. Foi assim, com festa, que a equipe da Clínica Médica e CTI II do Hospital Público Regional de Betim (HPRB), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), deu alta a um vitorioso paciente, Roberto Moura da Silva, de 60 anos, que voltará para casa com a sensação de recomeço. Afinal, ele passou um ano, mais precisamente 384 dias internado, lutando para sobreviver a uma insuficiência respiratória e à COVID-19.






Roberto tem um histórico de asma desde a infância e, devido a isso, era acompanhado por um pneumologista de Betim. No final de janeiro do ano passado, uma insuficiência respiratória grave o levou a dar entrada em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) na qual foi entubado. A transferência para a UTI do Hospital Regional ocorreu em 7 de fevereiro de 2020.

Internado, se contagiou com a COVID-19 e permaneceu na UTI do Cecovid por um longo tempo. Passou por drenagens no pulmão, por traqueostomia, mas foi a dependência da ventilação mecânica para respirar que prolongou sua estadia no hospital.


Na manhã desta quinta-feira (25/2), a saída de Roberto foi acompanhada pela equipe de médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiras, técnicas de enfermagem e assistentes sociais que cantaram ‘Parabéns para você’, como forma de celebrar uma vida nova.





A filha, Jéssica Fernandes Moura da Silva, de 26 anos, diz que a sensação de buscar o pai após tanto tempo é de alívio. “Estou muito feliz por ele estar saindo desse jeito. Quem viu do jeito que ele entrou nesse hospital, não o reconhece mais. Para mim, foi um milagre. Agradeço todos do hospital, da cozinha até à gerência, todos que o trataram muito bem. Nós só temos a agradecer.”

Diretora do Hospital Regional, Patrícia Evangelista Silva Pereira, diz que ele é um símbolo de resistência. “Um paciente que já vinha debilitado por tanto tempo, sofrer a contaminação da COVID-19, ir para uma unidade totalmente nova onde a equipe já não era mais a mesma, houve vários motivos para ele se sentir desmotivado, mas o que ele mostrou para nós foi a perseverança e a vontade de melhorar sempre”, ressaltou Patrícia, que contou sobre a forma carinhosa que a equipe o tinha e a superação.

"Ele passou a ser, além de nosso paciente, uma pessoa querida em nosso meio. Toda a equipe do hospital conhece o senhor Roberto. Ele precisou ficar longe da família e passou por um momento de solidão durante o tratamento da COVID. Com todo esse contexto, temos a felicidade de comemorar essa vitória dando alta para ele."

O desafio de Roberto, agora, é em casa. Ele vai precisar manter as intervenções dos serviços da equipe de saúde em domicílio e ainda depende do aparelho portátil de ventilação mecânica, mas apenas no período da noite. Mesmo com a alta, Roberto será encaminhado para o programa de reabilitação para melhorar a parte respiratória e motora, a força periférica e respiratória, para, em um futuro próximo, retirar a respiração mecânica.  




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