A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um homem de 28 anos, suspeito de cometer crimes de estupro e extorsão em Belo Horizonte e Uberlândia. Ele foi encontrado nessa quarta-feira (24/02) no bairro Caiçara, em BH, logo após cometer um dos atos. Pelo menos 10 vítimas já foram identificadas.
Segundo o delegado Wagner Sales, o modo de agir era o mesmo. Ele criava um perfil falso nas redes sociais, como uma mulher de nome Fernanda, se aproximava das vítimas e começava a conversa. Em seguida, pedia o número de celular e a interação migrava para um aplicativo de mensagens.
O terceiro momento era o encontro do homem com as vítimas, que chegavam no local imaginando encontrar com a suposta Fernanda. Então o suspeito aparecia, se apresentava como irmão da mulher das redes sociais e dizia que ela era menor de idade. Neste momento, exigia que as vítimas pagassem uma quantia a ele ou seriam denunciadas na polícia.
Coagidas pelo homem, as vítimas cediam à extorsão, que era o pagamento de uma conta, transferência bancária ou dinheiro em espécie. Além disso, segundo o delegado, o homem também forçava as vítimas a manterem atividades sexuais com ele.
Quando foi preso, tinha acabado de cometer um dos crimes e obrigou a vítima a ter práticas sexuais dentro de um carro.
Como o crime envolve elementos do mundo digital, a Delegacia de Crimes Cibernéticos também está envolvida nas investigações e em uma das buscas na cidade de Uberlândia, onde o suspeito já morou, foi encontrado um pen-drive que a Polícia Civil acredita ter dados de outras 100 vítimas.
Nos casos já identificados, algumas vítimas relataram ter criado transtornos psicológicos por causa dos atos sexuais que foram submetidas e o delegado alertou para o cuidado com as redes sociais, já que as pessoas podem se deparar com alguém mal-intencionado.
Com a prisão do homem, a Polícia Civil acredita que mais vítimas irão prestar queixa e reforça a importância dessa denúncia: "É um crime que muitas vezes a pessoa que está envolvida vai se sentir envergonhada, mas a responsabilização criminal, penal, pelo ato vil que esse indivíduo comete não pode deixar de ser realizada”, diz delegado Wagner Sales.
As investigações continuam em parceria com a Delegacia de Crimes Cibernéticos.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria