As organizadoras do Circuito Urbano de Arte (Cura) comemoraram o encerramento do inquérito policial que investigava o mural Deus é mãe, criado pelo artista Robinho Santana para a quinta edição do festival em 2020, realizado no Centro da capital mineira.
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Não é o primeiro mural do Cura que gera polêmica por expor a arte negra. O painel Híbrida astral, da artista Criola, também foi questionado na Justiça por um morador do prédio onde a empena está sob a alegação de se tratar de arte de "gosto duvidoso". O trabalho também traz a imagem de uma mulher negra e foi pintado por uma artista negra. Em entrevista ao programa Roda Viva, o prefeito Alexandre Kalil chamou o morador de boçaloide.
No post, as organizadoras ainda destacaram o convite rcebido pelos artistas que participaram do Cura e estavam sendo investigados. Elas ressaltaram que no festival em São Paulo para o qual foram convidados os artistas farão um painel a favor da liberdade de expressão.
"Mas este não é o único motivo que temos pra comemorar. Os artistas Robinho Santana, Poter, Lmb, Bani, Tek e Zoto foram convidados para participar do festival “Verão Sem Censura”, que acontece em São Paulo no mês de março, onde irão pintar juntos um novo painel a favor da liberdade de expressão e artística."
ENTENDA O CASO
Em 29 de janeiro, o Cura denunciou que as organizadoras e cinco artistas convidados da edição de 2020 do festival estavam sendo investigados pela Polícia Civil por crime contra o meio ambiente. O motivo seria a presença da estética do pixo na empena localizada no Centro da capital, na Rua Tupis, esquina com a Avenida Afonso Pena.
No entanto, o painel Deus é mãe é considerado o maior mural de empena do Brasil. Foi idealizado pelo artista Robinho Santana e contou com a colaboração de BH Poter, Lmb, Bani, Tek e Zoto.