Mesmo com o fim da greve dos transportadores de combustíveis em Minas Gerais, a fiscalização em postos de gasolina de Belo Horizonte e região segue neste fim de semana para coibir preços abusivos. Somente neste sábado, a Polícia Civil (PC) esteve em mais de 10 estabelecimentos. Em alguns deles, notas fiscais foram recolhidas depois de apurada a alta dos valores cobrados.
Leia Mais
Postos de BH têm desabastecimento e poucos clientes mesmo após fim da greveTanqueiros iniciam negociação com governo de MG e suspendem grevePolícia Civil fiscaliza postos de BH que tiveram aumentos nos combustíveisHomem manteve filha de 3 anos em cárcere privado em Barbacena Show solitário de PM reformado termina em confusão na Praça do Papa, em BHNa noite dessa sexta-feira (26/02), policiais da Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio (Puma) estiveram em um posto no Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e constataram irregularidades no preço dos combustíveis. O estabelecimento cobrava R$ 6,99 o litro da gasolina, enquanto o litro do etanol era negociado a R$ 4,59. Valores bem mais altos do que os praticados no mercado.
“Em posse destas informações, um boletim de ocorrência foi registrado para os devidos fins e encaminhado para a Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, que irá apurar os fatos e adotar todas as medidas cabíveis”, disse a Polícia Civil.
A delegada Danúbia Soares alertou sobre as consequências que um estabelecimento que tiver praticando preços abusivos - se constatada a irregularidade - pode sofrer. “A fiscalização pela Polícia Civil de Minas Gerais segue constante e comprovada a prática de crime contra o consumidor e o crime contra a economia popular, a delegacia de defesa do consumidor irá instaurar um procedimento com as providências legais cabíveis ao caso”, afirmou.
A fiscalização por parte da Polícia Civil começou nessa sexta-feira (26/02), quando combustíveis passaram a ficar escassos em postos de BH e região. Até o momento, 17 estabelecimentos foram fiscalizados e três pessoas foram encaminhadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas. As ações continuarão no restante do fim de semana. Um balanço completo deve ser passado na segunda-feira (1º/3).
“Os suspeitos podem responder por crime contra a economia popular, previsto no art. 3, inciso VI da Lei 1.521/5), que dispõe: “Art. 3º. São também crimes desta natureza: VI - provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias, títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício; Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, e multa”, finalizou a Polícia Civil.