Belo Horizonte voltou a apresentar crescimento nos indicadores da COVID-19 nesta segunda-feira (01/03). De acordo com o boletim epidemiológico e assistencial divulgado pela prefeitura, o número médio de transmissão por infectado (RT) disparou na capital. O parâmetro subiu de 1,06 (última sexta-feira, dia 26) para 1,20 após o fim de semana.
A escalada do indicador segue dia após dia. A última vez que o RT sinalizou alerta foi na semana passada, dia 25, quando o parâmetro subiu de 0,98 para 1,01.
Desde o balanço de 5 de agosto, quando a prefeitura passou a divulgar diariamente o fator RT em seus boletins, a estatística nunca havia atingido nível tão alto (veja gráfico acima) como o desta segunda.
No entanto, a PBH chegou a medir um índice de transmissão de 1,24 no fim de maio do ano passado. Àquela época, o Executivo municipal informava o dado apenas nas coletivas de imprensa, não nos boletins diários.
As taxas de ocupação dos leitos clínicos e de UTI também são motivo de preocupação. No caso das enfermarias, houve leve alta em comparação ao boletim anterior: de 56,2% para 58,3%.
As unidades de terapia intensiva (UTIs), que já estavam na zona crítica da escala de risco, saíram de 70,1% para 74,7%, alcançando situação ainda mais crítica.
Essa é a maior ocupação das UTIs desde o balanço de 1º de fevereiro. Em 11 de janeiro, o indicador chegou a 87%, o recorde desde o início da pandemia.
Casos e mortes
BH chegou nesta segunda a 112.230 casos confirmados de COVID-19. São 2.746 mortes, 4.884 pacientes em acompanhamento e 104.600 recuperados.
Na comparação com o balanço dessa sexta, houve acréscimo de 15 óbitos. Já o total de casos cresceu em 1.769 no mesmo intervalo de tempo.
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 364, 35 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (329), Leste (312), Barreiro (311), Centro-Sul (309), Venda Nova (286), Pampulha (258) e Norte (248).
Além disso, no total, 1.494 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.252.
A faixa etária mais morta pela COVID-19 são os idosos: 83,39% (2.290 no total). Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,31% (393).
Há, ainda, 60 óbitos entre 20 e 39 anos (2,19%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,04%) e duas crianças entre 1 e 4 (0,07%).
Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97,3% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 75 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 61 homens e 14 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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