A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), prendeu um homem de 22 anos, suspeito da aplicar golpes em mulheres que conhecia por aplicativos de relacionamento. Os detalhes da investigação foram divulgados nesta terça-feira (2/3).
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“Ele pegou o carro da vítima como se fosse emprestado, saiu com esse carro e se ausentou por dois dias, o que despertou uma imensa suspeita. Ela (a vítima) passou a procurar o veículo e, por meio do rastreador que tinha no veículo, localizou-o em Ribeirão das Neves, já na posse de outra pessoa, que soubemos também ser outra vítima”, diz o delegado Clayton Ricardo da Silva.
Essa pessoa não sabia que estava caindo em um golpe e, como parte do pagamento, entregou o veículo antigo para pegar outro modelo, supostamente vendido pelo homem. A polícia conseguiu recuperar os dois carros, mas o suspeito ainda estava foragido.
Segundo o delegado, o homem conhecia mulheres por aplicativos de relacionamento, ostentava uma vida de luxo e durante um período eles se relacionavam. Ele as convencia que o amor era recíproco e conseguia a confiança das vítimas, para entregar seus bens, como veículos, além de induzi-las a fazer transferências bancárias para terceiros, em proveito próprio.
Ao pegar o veículo, ele vendia para uma terceira pessoa, com promessa de estar tudo certo com a transação e que a transferência de dono seria feita dentro de alguns dias. Entretanto, ele desaparecia.
O golpe de estelionato foi batizado como ‘Don Juan’ e, desde julho de 2020, a PCMG investigou o caso, encontrando, inclusive, uma outra mulher de 44 anos. Ela se dizia namorada do suspeito e admitiu ter aproveitado do dinheiro obtido em um dos golpes, sendo indiciada por um dos crimes, já que recebeu uma quantia e gastou.
De acordo com o delegado, o homem está envolvido com 19 ocorrências em Minas Gerais, incluindo violência patrimonial e doméstica. Há suspeita de que ele tenha feito outras vítimas em outros estados, além da Paraíba.
Um carro de luxo foi apreendido durante as investigações e segundo a PCMG, a vida do suspeito era de muita ostentação, com fotos em banheiras, viagens e produtos de luxo. Ele falava para as vítimas dos aplicativos que morava em uma mansão da Pampulha, que na verdade era uma república que alugava quartos.
O suspeito foi indiciado por estelionato em duas modalidades: obter vantagem ilícita e vender coisas alheias, como se fossem próprias. De acordo com a Polícia Civil, ele está preso no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e em breve será transferido para Minas Gerais.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie