A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o registro da primeira morte por síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) no estado. Essa doença é rara e está associada à COVID-19.
A morte foi registrada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
Segundo a secretaria, a vítima apresentou febre e dores de cabeça no dia 21 de outubro de 2020, sendo hospitalizada no dia 24 e transferida para a Unidade Terapia Intensiva (UTI) no dia 25 daquele mês.
A investigação foi realizada pela área técnica da SES, com apoio do CIEVS Minas. Foi realizado amplo e minucioso estudo do caso com encaminhamento de amostras clínicas para pesquisa de várias etiologias pelos Laboratório Central (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Laboratório de Referência Nacional (LRN) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Rio).
Além disso, a equipe técnica do Ministério da Saúde fez uma análise do caso para validação do diagnóstico de óbito por SIM-P, considerando que a síndrome é nova e apresenta quadro clínico de amplo espectro.
Entenda
A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica pode se desenvolver em pessoas de 0 a 19 anos que tiveram COVID-19 previamente e que, inclusive, já estão curadas da doença.
Até o momento, foram notificados 211 casos suspeitos de SIM-P em Minas, sendo 104 descartados e 77 confirmados. No Brasil, entre 1º de abril de 2020 a 2 de janeiro de 2021, foram 646 notificações confirmadas de SIM-P, sendo 41 mortes.
Minas registra primeiro caso de reinfecção
A SES-MG também confirmou, nesta terça (2/3),o primeiro caso de reinfecção por COVID-19 no estado. A confirmação foi feita por sequenciamento genético e conduzido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Segundo o órgão, o paciente é do sexo masculino e tem 29 anos. Ele apresentou diagnóstico confirmado para COVID-19 em maio de 2020 e voltou a desenvolver a doença em janeiro de 2021, com sintomas leves, sem necessidade de hospitalização.
De acordo com a secretaria, o laboratório conseguiu identificar diferenças genéticas entre os vírus que infectaram o paciente nestes dois períodos com intervalo de aproximadamente 230 dias.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.