Policiais da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) desmantelaram, nesta terça-feira (2/3), uma quadrilha especializada em fraudar cargas de carvão mineral.
Leia Mais
Homem preso indevidamente será indenizado em R$35 mil Tamanduá-bandeira é capturado em bairro residencial de Araguari; veja vídeoPresos homens que ameaçavam idoso em Santa LuziaTrês integrantes do bando foram presos e foram apreendidos R$ 60 mil em dinheiro, uma arma de fogo e aparelho celular. O prejuízo é estimado, até o momento, em R$ 1 milhão. Entre os presos está um grande empresário de Divinópolis.
Os policiais começaram a investigação a partir do furto de uma carga de carvão “coque”, avaliada em cerca de R$ 40 mil. As investigações apontaram que um veículo, carregado em Serra, no Espírito Santo, chegou ao destino, em João Monlevade, mas a carga tinha sido roubada e o ticket de pesagem era falso.
Segundo o delegado César Matoso, do Depatri, o trabalho da polícia confirmou a falsificação do ticket de pesagem. “Devido ao grande volume da operação da empresa, o crime só foi descoberto dias depois, quando da conferência do sistema para pagamento da empresa que presta o transporte do produto. Iniciadas as investigações, confirmou-se a participação do motorista que carregou o caminhão e durante as diligências foram identificados três indivíduos que participaram diretamente do desvio e subtração da carga”, disse.
Dos três envolvidos identificados, um deles, que seria o receptador, é empresário em Divinópolis, onde ele foi preso e também foi localizada grande quantidade de minério.
Os outros dois foram presos em Timóteo e João Monlevade. Com o primeiro suspeito preso, em Timóteo, foram encontrados documentos, os quais serão analisados, R$ 57 mil e a arma de fogo.
Em João Monlevade, foram localizados documentos relacionados ao crime. O suspeito foi o primeiro a ser preso e este teria confessado o crime e apontado os outros dois envolvidos.
Além das prisões e apreensões na operação, o delegado estima que a quadrilha causou um prejuízo ainda maior do que foi detectado até agora. “Foram aproximadamente 20 toneladas de mercadorias, o equivalente a 29 carretas de minério subtraídas. E isso se deu no período de maio até outubro de 2020. E toda essa associação criminosa causou o prejuízo aproximado de R$ 1 milhão”.
Matoso diz que as investigações prosseguirão e que o objetivo é identificar outros envolvidos nos crimes, e também aqueles que são usados como auxiliares das operações, assim como descobrir os receptadores.