O número médio de transmissão por infectado caiu em Belo Horizonte e deixou a zona crítica da escala de risco nesta quinta (4/3). Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o indicador marca 1,18.
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Ainda assim, o ponto atual ainda é altíssimo em comparação à média histórica da cidade, que é de 0,99 desde 5 de agosto, quando a prefeitura passou a informar o indicador diariamente.
Outro indicador em estado de alto risco é a ocupação dos leitos de UTI. Assim como o fator RT, esse dado sofreu queda nesta quinta em comparação ao balanço anterior: de 75% para 74,4%.
Já a taxa de ocupação das enfermarias subiu em BH: saiu de 59,4% para 60,8%. Com isso, a estatística está na zona intermediária, entre 50 e 70 pontos percentuais.
O aumento do percentual está ligado à desmobilização de leitos do tipo para pacientes da COVID-19 nos hospitais particulares de BH. Nessa quarta (3/3), eram 1.446 enfermarias. Agora, 1.426.
Casos e mortes
Belo Horizonte soma até esta quinta 115.640 casos confirmados de COVID-19. São 2.795 mortes, 5.726 em acompanhamento e 107.119 pessoas recuperadas.
O número de casos aumentou em 1.254 e o de mortes em 14 no comparativo com o balanço dessa quarta.
Portanto, o número de óbitos cresce em dígito duplo desde 9 de fevereiro.
E o balanço pode aumentar, já que a prefeitura investiga outras 148 mortes pela COVID-19 na cidade.
Perfil das vítimas
No levantamento por regionais de Belo Horizonte, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 370, 34 a mais a Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (335), Barreiro (319), Leste (318), Centro-Sul (317), Venda Nova (287), Pampulha (262) e Norte (251).
Além disso, no total, 1.518 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.277.
A faixa etária mais morta pela COVID-19 são os idosos: 83,4% (2.331 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,31% (400). Há, ainda, 61 óbitos entre 20 e 39 anos (2,18%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,04%) e duas crianças entre 1 e 4 (0,07%).
Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97,2% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 75 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 61 homens e 14 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.