Jornal Estado de Minas

ONDA ROXA

'Estamos no maior colapso da saúde', diz prefeito de Patrocínio

 

Após a inclusão de Patrocínio (Triângulo Norte) na onda roxa do Minas Consciente mesmo sem fazer parte do programa do Estado, o prefeito Deiro Marra concedeu uma coletiva à imprensa local nesta quinta-feira (4/3) e disse que não cabe a ele analisar as medidas adotadas pelo governo e sim cumprir. 




 
Marra lamentou o fato de a cidade enfrentar seu pior momento na pandemia, com ocupação quase total dos leitos de UTI/COVID e um decreto municipal de enfrentamento à doença que determina até mesmo toque de recolher.
 
“A partir de hoje (quinta-feira) estamos na vigência do decreto estadual. Nosso último decreto tem vigência até o dia 8 (segunda-feira) e, nesse dia, vamos analisar a necessidade de um novo decreto municipal para acompanhar o decreto do governador ou se vamos seguir o decreto do governador, que é impositivo. Quero deixar claro que enquanto prefeito somos parceiros do governo de Minas”, declarou. 
 
Ainda conforme o prefeito, Patrocínio vive o maior colapso do seu sistema de saúde, desde o início da pandemia. “De fevereiro para cá as coisas tiveram um agravamento maior”, lamenta.

Em Patrocínio há leitos destinados para pacientes com a COVID-19 em três hospitais: no Hospital Santa Casa são 13 de UTI, com 92% de ocupação, e 23 de enfermaria, todos ocupados, conforme o último boletim epidemiológico.



Já no Hospital Med Center (particular) são 5 leitos de UTI/COVID, com 80% de ocupação e 9 de enfermaria – 44% das vagas preenchidas.

E, por fim, o Pronto-Socorro Municipal, onde, recentemente, foram disponibilizados 10 leitos de emergência e que no momento está 100% ocupado, 12 leitos de urgência, com 91% de ocupação 9 leitos de enfermaria, 66% deles sendo usados. 

Desde o início da pandemia, a cidade teve 4.679 casos confirmados, sendo que desses 90 pessoas morreram e 4.393 se recuperaram.
 

Marra pede a Zema mais recursos para a saúde

Durante a coletiva, Marra disse diretamente ao governador Zema que a cidade precisa de mais recursos para a saúde. “Estamos há dois anos com recursos contingenciados, travados no governo de Minas. Patrocínio está sobrecarregado em recursos. Temos quase R$ 20 milhões em recursos em atrasos, de coisas que a gente não consegue mais desbloquear. Já cobramos, mas ainda não obtivemos respostas.” 
 
Na entrevista coletiva virtual, Deiro Marra estava ao lado do vice-prefeito Humberto Donizete e do secretário municipal de Saúde, Luiz Eduardo Salomão.

Confira na íntegra:

 
 

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