Para o Secretário Adjunto de Estado de Saúde de Minas Gerais, Marcelo Cabral, a situação crítica enfrentada pelos hospitais do interior do estado - que, sem leitos, recorrem à estrutura de cidade vizinhas para o atendimento de pacientes com COVID-19 - não caracteriza colapso na assistência.
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Minas tem leitos de UTI disponíveis, mas faltam médicosAraxá: leitos de UTI/COVID lotados e modelo híbrido em escolas privadas Pouso Alegre: prefeito diz que faltam equipes para abrir leitos de UTIPara evitar colapso, Betim criará mais vagas para COVID-19 em hospitaisItabira, Santa Bárbara e Barão de Cocais têm 100% de ocupação de leitosSanta Casa de Santa Bárbara está com 100% de ocupação dos leitos Vacinação em MG: distribuição do 6° lote prioriza municípios da onda roxaCOVID-19: Juiz de Fora inicia vacinação de idosos de 85 a 87 anos"Isso foi uma notícia que foi dada com relação à saúde suplementar, que não tem nada a ver com o SUS. A Secretaria de Estado de Saúde não enviou pacientes da saúde pública para nenhum outro estado. Aliás, em determinado momento, não agora, nós recebemos pacientes em Uberaba, de Manaus. Não há pacientes do SUS sendo enviados para nenhum outro estado da federação. Todos estão sendo atendidos no estado, não há desassistencia" afirmou.
Cabral avalia o episódio como questão fora do campo de atuação do Executivo estadual.
"Não evidencia colapso. Por quê? Porque a saúde suplementar é submetida a outra legislação, que não submete esses pacientes ao SUS. Não há desassistencia, não há colapso", reiterou o gestor.
Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus, há falta de leitos de terapia intensiva nos setores público e privado sobretudo nas macrorregiões Triângulo do Norte e Noroeste. Elas passaram a ser classificadas na chamada onda roxa do Programa Minas Consciente, do governo estadual - a mais rígida entre as fases.
Conforme levantamento realizado pelo Estado de Minas, as duas áreas já realizaram a transferência de 133 pessoas contaminadas para outras superintendências de Saúde.
Minas ultrapassou a marca de 900 mil casos de COVID-19, no pior momento da pandemia no Brasil. De acordo com boletim epidemiologico, divulgado Nesta quinta-feira (4/3) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foram registrados 7.890 diagnósticos em 24 horas, totalizando 901.535. O número de mortes chegou a 19.032, com a confirmação de 160 mortes em um único dia.
A média móvel de infectados segue acima de 5 mil casos, com 5.576 novas contaminações pelo coronavírus registradas nesta quinta-feira (04/03).
(com informações de Deborah Lima)