Com o agravamento da pandemia de COVID-19 e a falta de leitos para receber pacientes com a doença, a prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, anunciou nesta sexta-feira (5/3) a instalação de dois hospitais de campanha na cidade, que vão ampliar a rede de assistência para os infectados.
Com a medida emergencial, adotada pela prefeitura em parceria com o Estado, serão disponibilizados mais 102 leitos – 82 clínicos e 20 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
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No início desta semana, cinco hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município anunciaram que atingiram lotação máxima dos leitos de COVID-19 e suspenderam o atendimentos aos casos suspeitos e confirmados da doença.
Na quarta-feira (3/3), o Executivo Municipal, por meio de decreto, estabeleceu medidas mais restritivas, válidas até 22 de março.
No início desta semana, cinco hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município anunciaram que atingiram lotação máxima dos leitos de COVID-19 e suspenderam o atendimentos aos casos suspeitos e confirmados da doença.
Na quarta-feira (3/3), o Executivo Municipal, por meio de decreto, estabeleceu medidas mais restritivas, válidas até 22 de março.
Uma delas é a proibição de venda de bebidas alcoólicas. Bares e restaurantes só podem funcionar até as 18h (de segunda a sexta-feira), devendo permanecer fechados nos fins de semana.
Além disso, o horário do toque de recolher foi ampliado, com a circulação de pessoas e veículos nas ruas proibida entre as 20h e as 5h.
Por outro lado, as vendas pelo sistema de delivery, antes vetadas durante o período do toque de recolher, foram liberadas 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana, exceto de bebidas alcoólicas.|
Por outro lado, as vendas pelo sistema de delivery, antes vetadas durante o período do toque de recolher, foram liberadas 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana, exceto de bebidas alcoólicas.|
Hospitais
Foram instalados hospitais de campanha em duas unidades de saúde da cidade: Hospital Municipal Alpheu de Quadros e Prontosocor, com 35 leitos clínicos para pacientes da COVID-19 em cada um deles.
Com a mudança, os dois hospitais passam a receber somente casos da doença respiratória, suspendendo o atendimento a pessoas com outras necessidades – estes deverão procurar outros serviços de saúde da cidade.
Com a mudança, os dois hospitais passam a receber somente casos da doença respiratória, suspendendo o atendimento a pessoas com outras necessidades – estes deverão procurar outros serviços de saúde da cidade.
Houve o aumento de 12 leitos destinados a pacientes infectados pelo novo coronavírus no Hospital Universitário Clemente de Faria.
A prefeitura ainda credenciou mais 20 leitos de UTI para casos graves de COVID-19: 10 no Hospital Prontosocor e 10 no Hospital Pró-Vida.
A prefeitura ainda credenciou mais 20 leitos de UTI para casos graves de COVID-19: 10 no Hospital Prontosocor e 10 no Hospital Pró-Vida.
De acordo com a última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, na noite de quinta-feira (4/3), Montes Claros contava com 196 pacientes com coronavirus internados.
Ocupação de 96% dos leitos clínicos e 87% de leitos de UTI para os casos da COVID-19.
Ocupação de 96% dos leitos clínicos e 87% de leitos de UTI para os casos da COVID-19.
Até agora, a cidade teve 19.747 casos confirmados e 314 mortes provocadas pela doença, das quais oito ocorridas nessa quinta-feira.
Situação dramática
“Estamos fazendo todo esforço para prestar toda a assistência aos pacientes da COVID-19, desde o atendimento ambulatorial até assistência hospitalar para aqueles que se agravarem”, disse a secretária de Saúde de Montes Claros, Dulce Pimenta.
Ela salientou que, como os casos de coronavírus estão em elevação, mesmo com os hospitais de campanha não é possível assegurar que haverá leitos para todos os pacientes contaminados.
Por isso, é fundamental a manutenção das medidas contra a transmissão do vírus.
Por isso, é fundamental a manutenção das medidas contra a transmissão do vírus.
“A situação está em ascendência, com o aumento dos números de casos e de óbitos. Não dá para afirmar se, mesmo com a expansão da rede (de atendimento), será possível garantir a assistência a todas as pessoas. Por isso, é muito importante a consciência da população em torno das medidas de prevenção contra a transmissão da COVID-19”, alerta Dulce Pimenta.