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Estado de Minas PANDEMIA

Kalil: 'Quem não tem medo de matar o avô, cuidado para não matar o filho'

Prefeito fez alerta após internação de crianças com suspeita de COVID-19 na cidade diante do surgimento de novas variantes


05/03/2021 18:02 - atualizado 05/03/2021 18:17

Kalil pediu para que a população mantenha cuidados diante do aumento de crianças infectadas pelo coronavírus(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Kalil pediu para que a população mantenha cuidados diante do aumento de crianças infectadas pelo coronavírus (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Diante do aparecimento de novas variantes do novo coronavírus em Belo Horizonte e do aparecimento de casos mais graves em crianças, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse para a população tomar “cuidado para não matar o sobrinho e o filho” com a proliferação do vírus.

 

"Nós não estamos contaminando mais o pai e a mãe. Nós estamos contaminando o filho. Então, aviso à população de Belo Horizonte: quem não tem medo de matar o avô e a avó, cuidado para não matar o sobrinho e o filho. Isso toca o coração da gente profundamente", afirmou o chefe do Executivo municipal, durante entrevista coletiva nesta sexta (5/3).

 

Na ocasião, o Comitê de Enfrentamento a Epidemia da COVID-19 da prefeitura anunciou mais um fechamento do comércio da cidade.

 

De acordo com a prefeitura, oito crianças estão em estado grave na cidade. Dessas, quatro crianças estão internadas e outras quatro estão em UPAs, aguardando transporte por meio de ambulâncias. Todas estão em enfermarias. 

 

Quanto à faixa etária dos menores, a prefeitura informa que são duas crianças de 6 anos, uma de 4, uma de 3, uma de 2, duas de 1 ano e mais duas de dois e quatro meses.

 

Sobre o retorno das aulas, o prefeito deu o exemplo de São Paulo, onde há 29 mortos entre os professores. A prefeitura chegou a esboçar a volta da educação infantil, mas a ideia foi descartada diante da alta dos números.

 

Indicadores

 

A decisão da prefeitura se baseia na alta dos indicadores ligados à pandemia. A ocupação de unidades de terapia intensiva, por exemplo, chegou a 81% nesta sexta-feira.

 

O indicador está na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%, desde o balanço do último dia 26. Houve aumento de sete pontos percentuais no parâmetro nesta sexta.

 

Já o índice das enfermarias subiu para 61,9% e permanece no nível de alerta, o intermediário, entre 50 e 70 pontos percentuais.

 

Por outro lado, a taxa de transmissão diminuiu para 1,16. Isso quer dizer que 100 pessoas podem infectar outras 116 na capital mineira.

 

O chamado RT chegou a marca de 1,2 nesta semana, a zona crítica, mas sofreu duas quedas consecutivas nos balanços dessa quinta e desta sexta.


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