O prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse não acreditar no consórcio formado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para compra de vacinas contra o novo coronavírus. A iniciativa surgiu para servir de plano B caso o Ministério da Saúde não consiga liberar em tempo hábil os imunizantes para a população.
Kalil foi um dos 1.703 prefeitos de todo o país a assinar o acordo para compra das doses. Apesar disso, ele afirmou que as vacinas só chegarão às cidades se o governo federal disponibilizá-las para os brasileiros.
“Quando não tinha o Plano Nacional de Imunização (PNI), fui o primeiro prefeito a ir para São Paulo comprar vacina. Mas não existe vacina sem passar pelo Governo Federal. Não se iludam. Nada vai funcionar. Podem me cobrar depois”, afirmou Kalil, que anunciou o fechamento do comércio não essencial da capital em decorrência do aumento da demanda de UTIs para tratamendo da COVID-19 em BH.
“Se não for compra do governo federal, não tem vacina. Graças a Deus, o governo federal está tentando comprar. Atrasado, mas está”, ponderou o prefeito.
Até o momento, 130.910 pessoas receberam a primeira dose da vacina em BH. Outras 62.140 tomaram a segunda dose. O total de vacinas destinadas à capital é de 293.520.
Os imunizantes foram distribuídos entre trabalhadores de saúde (141.945), idosos (44.836) e profissionais e moradores de lares de permanência para idosos
Os imunizantes foram distribuídos entre trabalhadores de saúde (141.945), idosos (44.836) e profissionais e moradores de lares de permanência para idosos
Kalil disse que o consórcio de prefeitos não conseguirá as doses por conta própria: “Vamos parar com esse consórcio de prefeitos. Assinei, estou dentro, mas não acredito em bruxas. Eu não acredito, mas em todo caso não vou ficar fora. Vacina é governo federal. É de lá que vai sair vacina e mais de lugar nenhum”.