A partir da próxima segunda-feira (08/03), as normas sanitárias ficarão mais severas em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. O decreto com as medidas restritivas ainda será publicado, mas a vice-prefeita Janete Aparecida (PSC) o detalhou nesta sexta-feira (05/03).
Para impedir que a cidade despenque nos indicadores da COVID-19 e volte a fechar, o comércio terá que redobrar os cuidados, assim como a população. O município migrou para a onda vermelha do programa estadual Minas Consciente e o avanço de casos já acende o alerta para a semana santa.
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Em restaurantes, a permanência do cliente está limitada a 30 minutos. Os supermercados terão que disponibilizar álcool gel na entrada e também no setor de hortifrutis. Lojas deverão limitar o número de clientes internos por metro quadrado. Um ambiente de 5m², por exemplo, poderá receber um por vez.
Celebrações religiosas poderão ser realizadas por prazo máximo de 40 minutos. Nas academias, clubes e demais atividades de lazer esportivas, incluindo todos os esportes, como aquáticos, individuais e coletivos, bem como atividades esportivas em geral, é obrigatório o agendamento de horários, para evitar aglomerações, aferição da temperatura do usuário antes de adentrar ao local, além das medidas de higiene e limpeza.
As escolas, públicas e privadas, que já haviam iniciado as atividades presenciais antes deste novo decreto, poderão funcionar com o cumprimento de todos os protocolos sanitários que foram apresentados pelo Serviço Municipal de Vigilância Sanitária.
As repartições públicas municipais funcionarão por meio de divisão de pessoal e turnos. A jornada presencial passa para 6 horas e as outras duas devem ser cumpridas em home office. A locação de imóveis para eventos está proibida. Também está vedada a utilização de praças e espaços públicos para a prática de qualquer atividade que possa gerar aglomeração.
O município estuda a possibilidade de aplicar multa em quem insistir em andar pelas ruas sem o uso da máscara ou de forma incorreta. Entrar nos estabelecimentos sem o equipamento de segurança está estritamente proibido.
“Temos, hoje, dificuldade que é o desrespeito realmente do cidadão. Tem lá seus motivos de achar que ele não pega. A máscara não é para não pegar, é para você não passar para ninguém (...) Estamos olhando a legalidade para multar por unidade padrão fiscal”, explicou a vice-prefeita.
A multa para quem descumprir o decreto pode variar de R$ 833,30 a R$ 83.330.
Impacto na economia de Divinópolis
O decreto irá perdurar enquanto o município estiver classificado na onda vermelha. A expectativa é que no prazo de 15 dias os números reduzam. “Com esse esforço intensificado na próxima semana, a gente espera melhorar a pontuação para que não seja necessário fechar”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Ângelo Gonçalves.
Ele ainda cobrou esforço coletivo. “Para que não avancemos para uma possível onda roxa, que aí, efetivamente, seria altamente restritivo, prejudicial para todos nós que já viemos de um ano de pandemia”.
Reconhecendo o impacto na economia, Gonçalves diz haver a compreensão entre os empresários sobre o decreto que será publicado. “É muito melhor, e todos os setores concordam com isso, a gente ter o momento de maior restrição, mas que permita o funcionamento das atividades, do que fechar tudo”, destacou.
Ele ainda falou que trata-se da alternativa para preservar empregos. “O estabelecimento ainda permanece aberto, evitando demissões, que neste momento seriam mais prejudiciais ainda para nossa economia já fragilizada”, analisou.
Aumento dos números é reflexo do carnaval
A microrregião de Divinópolis atingiu 20 pontos no programa Minas Consciente na última avaliação. Embora a macrorregião tenha permanecido na amarela, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) optou pela mais restritiva considerando o avanço da doença.
Para se ter noção, março começou com a média diária de internações superando fevereiro, que até então foi o segundo pior mês desde o início da pandemia. No mês passado, a média/dia era de 47 pessoas internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O número subiu para 51 nos quatro primeiros dias de março. Na enfermaria, a média de ocupação ao dia é de 59 pacientes, no mês anterior era de 57.
Os índices, segundo a gerente de Vigilância Sanitária, Érika Camargo, são reflexos do carnaval, e já chama a atenção para outra data. “Precisamos nos preocupar com a semana santa, porque vai ser feriado prolongado de três dias”, alertou.
Erica classifica a situação como crítica, mas evita fazer uma previsão das próximas semanas. “Quando gente fala de epidemia, ela é flutuante, então não tem como falar que esse é o pior momento ou se já teve ou se virá ainda o pior momento, é questão pandêmica mesmo. Mas, é um momento crítico, e quando falamos de um momento crítico, é necessário que todos assumam a sua responsabilidade nesse cenário”, afirmou.
Com 106 leitos exclusivos para COVID, sendo 50 na UTI e 56 na enfermaria, o município estuda junto com o estado a ampliação. A expectativa é que as vagas do hospital de campanha sejam duplicadas. As negociações estão avançadas, mas ainda não há previsão de instalação. Hoje, o custo mensal para manter a unidade é de R$ 1,6 milhão.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
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A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
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Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
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- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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