Pela quarta vez desde o início da pandemia do coronavírus, a prefeitura de Belo Horizonte determinou o fechamento das atividades não-essenciais para conter o avanço dos casos e mortes por coronavírus. Com a medida decretada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) na tarde desta sexta-feira (5/3), somente os serviços essenciais poderão abrir as portas a partir das 14h deste sábado (6/3).
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Em entrevista ao Estado de Minas em 26 de fevereiro, o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano definiu como é o fechamento total: "Lockdown é uma situação extrema. Só funcionam os serviços ultraessenciais, como farmácias, hospitais e supermercados. As pessoas não podem sair às ruas. Se saem, são penalizadas por isso. Podem ser multadas e até presas. Em alguns locais, a pessoa tem que explicar para onde vai quando sai de casa. Se não tiver explicação, a pessoa é punida".
Nos últimos dias, algumas cidades do Brasil adotaram o lockdown total, como Araraquara (SP), o litoral norte do Rio Grande do Sul – composto por Canoas, Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Imbé e outros 16 municípios menores –, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (todas vinculadas ao ABC Paulista).
Nelas, no geral, somente os serviços de saúde podem funcionar regularmente. Supermercados e farmácias têm de funcionar por sistema de tele-entregas, evitando-se, assim, aglomerações involuntárias nesses locais.
Já o “lockdown verdadeiro” foi adotado inicialmente na Itália no ano passado, no início da pandemia, quando o país liderou o ranking de mortes. Foi justamente no país europeu que o termo se popularizou. As medidas implantadas pelo poder público foram mais rígidas, como o fechamento de supermercados e farmácias, toque de recolher à noite e intensa fiscalização das autoridades de segurança nas ruas. Quem descumprisse as regras seria alvo de multa ou prisão.
Protocolo
Em BH, a prefeitura determinou o fechamento de atividades como lojas diversas, boates e casas de show, feiras, exposições, congressos e seminários, shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas, cinemas e teatros, clubes de serviço e de lazer, academias, centros de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico, clínicas de estética e salões de beleza, parques de diversão e parques temáticos, bares, restaurantes e lanchonetes (para consumo interno).
Por outro lado, seguem liberados bares e restaurantes (para sistema de entregas), padarias, supermercados, postos de combustíveis, pet shops (sem banho e tosa), entre outros.