Morreu, vítima da COVID-19 nessa quinta-feira (4/3), Ademir Costa, proprietário do tradicional boteco Bola Bar. O estabelecimento localizado no Bairro Padre Eustáquio, na rua de mesmo nome, Região Noroeste da cidade, tem 70 anos de história.
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Em 2015, Ademir concedeu entrevista ao Portal Uai e explicou como o Bola mantinha uma das estufas mais elogiadas de Belo Horizonte.
“A estufa precisa estar quente o dia inteiro e não pode deixar ferver. O botão fica sempre marcando 20 amperes”, explicou. O bar foi aberto por ele em 1980.
Antes, existia ali uma mercearia que, além de vender feijão e toucinho, desde os anos 1940 exibia seus tira-gostos atrás do vidro.
Norato, o cozinheiro que começou a tradição, já morreu. Mas, as receitas passaram de cozinheira para cozinheira, e hoje continuam fazendo dessa vitrine uma das mais compridas da cidade.
Língua e maçã de peito sempre foram os petiscos favoritos dos clientes, ao lado do cascudo frito, mas este não fica na estufa, pois é preparado na hora.
“Tem gente que vem todo dia e gente que vem mais de uma vez por dia. Muito aposentado, muito cara que vem tomar uma para almoçar e outra para dormir”, relatou Ademir Costa à época.