Quase um quarto dos municípios mineiros está sob toque de recolher e proibição de atividades não essenciais com o ingresso, ontem, das regiões de saúde do Triângulo do Sul e Norte, além da microrregião de Ponte Nova, à chamada onda roxa do Programa Minas Consciente. Triângulo do Norte e Noroeste já se encontravam nesta fase, que é a mais restritiva do programa de flexibilização e controle da COVID-19 do governo de Minas Gerais, englobando 194 (22,7%) dos 854 municípios do estado, uma população total de 4,6 milhões. Outras seis regiões somam 430 municípios que se encontram à beira desse patamar, na onda vermelha, que era a mais crítica até a concepção da roxa, na última quarta-feira, diante do iminente colapso do setor hospitalar causado pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Se somadas a onda vermelha e a onda roxa, são 624 municípios mineiros, um total de 73% das cidades, entre elas quatro das cinco mais populosas, que são Belo Horizonte (2,5 milhões), Uberlândia (691 mil), Contagem (663 mil) e Betim (439 mil), deixando apenas Juiz de Fora (568 mil) na onda amarela com o restante do estado. Não há municípios atualmente na onda verde, de maior flexibilização de atividades.
O governador Romeu Zema (Novo) incluiu as macrorregiões de Saúde Noroeste e Triângulo do Norte na faixa mais restritiva do plano, por determinação do Comitê Extraordinário COVID-19. A microrregião de Ponte Nova, com 21 municípios, pediu para ser incluída na categoria no último sábado, após reunião com mais de 150 representantes dos 113 municípios, das regiões do Triângulo do Norte e Norte. “O objetivo é conter drasticamente a transmissão da COVID-19 para restabelecer a capacidade assistencial nas cidades e preservar a rede hospitalar de todo o estado”, informou o governo estadual.
A fase de maior restrição será implantada, a princípio, por 15 dias, com apenas serviços essenciais e a circulação de pessoas limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos. “O deslocamento por qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar”, afirma o governo do estado. São considerados serviços essenciais o setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery); serviços de saúde; bancos;
transporte público; energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados; manutenção de equipamentos e veículos; construção civil; indústrias da cadeia de atividades essenciais; lavanderias; serviços de TI, dados, imprensa e comunicação; serviços de interesse público como água, esgoto, funerário, correios etc.
Confira quais os municípios mineiros sob a onda roxa
Microrregião de Ponte Nova: 21 municípios
Acaiaca, Alvinópolis, Amparo do Serra, Barra Longa, Diogo de Vasconcelos Dom Silvério, Guaraciaba, Jequeri, Oratórios, Piedade de Ponte Nova, Ponte Nova, Raul Soares , Rio Casca , Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santo Antônio do Grama, São José do Goiabal , São Pedro dos Ferros, Sem-Peixe, Sericita , Urucânia
Noroeste: 33 municípios
Arapuá, Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Carmo do Paranaíba, Chapada Gaúcha, Cruzeiro da Fortaleza, Dom Bosco, Formoso, Guarda-Mor, Guimarânia, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Formosa, Lagoa Grande, Matutina, Natalândia, Paracatu, Patos de Minas, Presidente Olegário, Riachinho, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Serra do Salitre, Tiros, Unaí, Uruana de Minas, Varjão de Minas, Vazante.
Norte : 86 municípios
Berizal, Bocaiúva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasília de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéas, Catuti, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Curral de Dentro, Engenheiro Navarro, Espinosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão Mogol, Guaraciama, Ibiaí, Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Joaquim Felício, Josenópolis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso, Mato Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, Montes Claros, Montezuma, Ninheira, Nova Porteirinha, Novorizonte, Olhos-d'Água, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santa Fé de Minas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Ubaí, Urucuia, Vargem Grande do Rio Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia, Verdelândia.
Triângulo do Norte: 27 municípios
Abadia dos Dourados, Araguari, Araporã, Cachoeira Dourada, Campina Verde, Canápolis, Capinópolis, Cascalho Rico, Centralina, Coromandel, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara, Gurinhatã, Indianópolis, Ipiaçu, Iraí de Minas, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Patrocínio, Prata, Romaria, Santa Vitória, Tupaciguara, Uberlândia
Triângulo do Sul - 27 municípios
Uberaba, Araxá, Água Comprida, Campo Florido, Campos Altos, Carneirinho, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal , Ibiá, Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, São Francisco de Sales, Tapira, Uberaba, União de Minas, Veríssimo.
Fonte: SES-MG
Mais mortes
A Secretaria de Estado de Saúde informou que 922.573 mineiros já se infectaram com a COVID-19 em Minas, incluindo 19.523 que morreram por causa da doença. Em 24 horas foram 6.368 novas notificações e 164 óbitos. Há ainda 64.048 pacientes que continuam em acompanhamento.E 839.002 são considerados recuperados. Belo Horizonte é o município que teve mais casos e mortes no estado. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, 116.419 moradores da capital já adoeceram e 2.815 morreram. No Brasil foram 1.086 mortes e 80.508 casos em 24 horas, totalizando 265.411 óbitos e 11.019.344 diagnósticos positivos em um ano.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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