(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Ouro Preto e Congonhas: UTIs estão lotadas nas cidades históricas

Medidas de restrição foram adotadas nas duas cidades para conter aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus e internações


08/03/2021 15:47 - atualizado 08/03/2021 20:13

A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes de COVID-19 em Ouro Preto oscila entre 90% a 100% de ocupação desde dezembro de 2020(foto: Divulgação/Gabriel Lourenço)
A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes de COVID-19 em Ouro Preto oscila entre 90% a 100% de ocupação desde dezembro de 2020 (foto: Divulgação/Gabriel Lourenço)
Na Região Central de Minas Gerais, as cidades históricas de Ouro Preto e Congonhas estão na onda vermelha do Plano Minas Consciente e anunciaram decretos restringindo a movimentação da população, em vigor a partir desta segunda-feira (08/03). As medidas restritivas foram adotadas em função dos novos casos de COVID-19, em destaque nas populações mais jovens. 
 
As taxas de ocupação de leitos de enfermaria nas duas cidades históricas estão com capacidade de atendimento aceitável. O que preocupa as prefeituras, porém, são as taxas de ocupação nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs).
 

Ouro Preto 

 
Em Ouro Preto, o enfermeiro na Vigilância em Saúde Jonathan Silva vê com muita preocupação o surgimento de casos graves em crianças e a falta de leitos de UTI para COVID-19, caso a situação chegue a níveis incontroláveis.
 
“A gente fala isso trabalhando na Secretaria de Saúde com muita emoção porque entre todos os casos novos vemos diariamente crianças. Tivemos o nosso primeiro caso grave em uma criança, de 2 anos, que testou positivo e precisou de leito”.  
 
Os leitos de UTI para COVID-19 estão com lotação máxima, oscilando entre 90% a 100% desde dezembro de 2020. A Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, tem apenas 10 leitos de UTI e esse total é dividido com Mariana e Itabirito. 
 
No último boletim COVID-19 da Santa Casa de Ouro Preto disponibilizado na sexta-feira (05/03) a taxa de ocupação dos leitos de UTI estava em 90% e de enfermaria 42,5%. 
 
Segundo a Secretaria de Saúde, no Hospital de Campanha da Prefeitura de Ouro Preto tem 50 vagas para pacientes de enfermaria e um atendimento diário, em média, de 30 pessoas. Um paciente está internado no hospital e um outro foi transferido para um leito privado.

Congonhas

 
Congonhas não tem Hospital de Campanha e a porta de entrada dos pacientes com COVID-19 na cidade são as Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que atendem 24 horas. Segundo a Secretaria de Saúde, os pacientes que necessitam internação em UTI são encaminhados para o Hospital Bom Jesus
 
O hospital é referência para a população de Congonhas e também da Região de Saúde Conselheiro Lafaiete/Congonhas. A unidade de saúde atende os casos de urgência e emergência de média complexidade da população dessa região, que tem cerca de 300 mil habitantes.
 
No Hospital Bom Jesus estão disponíveis para pacientes do SUS, com COVID-19,  11 leitos clínicos e 10 lieitos de UTI. 
 
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta segunda-feira (08/03), a ocupação de leitos clínicos está em 45% e de UTI 100%.
 
O prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, vê com preocupação esses dados. Segundo o médico, houve uma aceleração dos números na cidade nas duas últimas semanas, com a volta para a onda vermelha do Plano Minas Consciente.
 
Ainda segundo o prefeito, a cidade não tem Unidade de Suporte Ventilatório Pulmonar para ajudar a desafogar a pressão dos leitos de UTI.
 
“O grande desafio hoje é encontrar espaço dentro do Hospital Bom Jesus para atender àquele paciente que já se curou da COVID-19, mas ainda necessita de cuidados e precisa liberar o leito de UTI para um outro paciente ocupá-lo. Nesse estágio intermediário, o paciente precisa de ventilação para se recuperar totalmente e faz falta não ter a Unidade de Suporte Ventilatório pulmonar”, explica. 
 
O decreto que entra em vigor nesta segunda-feira (08/03) terá prazo de duração de sete dias e durante esse período serão avaliadas as taxas de ocupações e números de casos para decidir se será prorrogado ou não. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)