A falta de leitos para pacientes com COVID-19 em Minas Gerais fica mais evidente à medida que os dados deixam de ser apenas números e se tornam pessoas com suas histórias.
Uma família de São José da Lapa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vive um drama desde que Valter Antonio de Lima, de 61 anos, foi contaminado pelo novo coronavírus. O homem foi internado em uma enfermaria na policlínica da cidade e aguarda vaga em centro de terapia intensiva desde a manhã de terça-feira (9/3).
“O atendimento está excelente, estão tratando a gente bem e cuidando dele super bem”, elogia a sobrinha Mayara Cristina de Lima, de 31, lembrando que o local apenas funciona como enfermaria. “Ele precisa de uma infraestrutura maior, como agora ele precisa de oxigenação com mais potência, de CTI. Se continuar aqui, ele morre, não tem outro jeito. Aqui é só o primeiro atendimento”, alerta.
O tio de Mayara é aposentado e sofre com o mal de Parkinson. Como Valter mora sozinho, ele saía quando era necessário fazer compras e para as sessões de fisioterapia. A família conta que ele começou a sentir os sintomas na semana passada, tendo piorado nessa segunda-feira (8/3).
Segundo os familiares, a policlínica já tentou vaga em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte e não conseguiu.
“Ontem agravou muito, já foram buscar ele em ambulância. E desde que ele chegou está ficando pior, a saturação está baixando”, disse Mayara.
Mesmo não podendo ficar ao lado do paciente, por conta dos protocolos de COVID-19, os parentes e amigos não saíram do centro de saúde desde que ele foi internado.
Mesmo não podendo ficar ao lado do paciente, por conta dos protocolos de COVID-19, os parentes e amigos não saíram do centro de saúde desde que ele foi internado.
“É proibido entrar. A gente só chega no corredor. Como a minha mãe é idosa, ela fica aqui fora. Enquanto isso, fico lá dentro de plantão esperando a vaga sair pra correr com ele. Infelizmente, se continuar aqui, não vai ser das melhores notícias”, lamenta Mayara.
“É complicado porque a falta de CTI é uma coisa que eu não desejo pra ninguém.”
Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela gestão de leitos da região, se limitou a dizer que "o paciente está cadastrado na Central de Internação para ser encaminhado a um leito."
“É complicado porque a falta de CTI é uma coisa que eu não desejo pra ninguém.”
Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela gestão de leitos da região, se limitou a dizer que "o paciente está cadastrado na Central de Internação para ser encaminhado a um leito."
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo município, as unidades de terapia intensiva estão com 85,3% de ocupação.
A pasta não respondeu quantos pacientes estão na lista de espera.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por sua vez, informou, por meio de nota, que "o município de Belo Horizonte possui gestão plena dos serviços de saúde".
E acrescentou: "Desde o início da pandemia, o estado quase dobrou o número de leitos de UTI. Em fevereiro de 2020, contava com 2.072 leitos e, atualmente, possui 4.011. Atualmente, estão cadastrados no SUS fácil, em Minas Gerais, 4.169 leitos de UTI e a taxa de ocupação geral desses leitos é de 78,12%".
Segundo a secretaria estadual, na microrregião BH-Nova Lima-Caeté a ocupação de leitos de UTI está em 82,57%, conforme Painel de monitoramento de leitos.
Prefeitos e representantes das cidades Grande BH e integrantes do governo de Minas se reuniram nessa segunda-feira (08/03) e garantiram intensificar o combate à pandemia de COVID-19.
A pasta não respondeu quantos pacientes estão na lista de espera.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por sua vez, informou, por meio de nota, que "o município de Belo Horizonte possui gestão plena dos serviços de saúde".
E acrescentou: "Desde o início da pandemia, o estado quase dobrou o número de leitos de UTI. Em fevereiro de 2020, contava com 2.072 leitos e, atualmente, possui 4.011. Atualmente, estão cadastrados no SUS fácil, em Minas Gerais, 4.169 leitos de UTI e a taxa de ocupação geral desses leitos é de 78,12%".
Segundo a secretaria estadual, na microrregião BH-Nova Lima-Caeté a ocupação de leitos de UTI está em 82,57%, conforme Painel de monitoramento de leitos.
Região metropolitana
Um ano após o primeiro caso de COVID-19 registrado em Minas Gerais, o estado enfrenta dificuldades de encontrar vaga no sistema de saúde para todos os pacientes.
Em Belo Horizonte, a prefeitura determinou um novo fechamento do comércio para frear a disseminação da COVID-19, diante do aumento dos indicadores.
Enquanto isso, cidades da Região Metropolitana atingem a capacidade máxima de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em Belo Horizonte, a prefeitura determinou um novo fechamento do comércio para frear a disseminação da COVID-19, diante do aumento dos indicadores.
Enquanto isso, cidades da Região Metropolitana atingem a capacidade máxima de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Prefeitos e representantes das cidades Grande BH e integrantes do governo de Minas se reuniram nessa segunda-feira (08/03) e garantiram intensificar o combate à pandemia de COVID-19.
Prefeita de Vespasiano e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Ilce Rocha (PSDB) foi a responsável pelo encontro, mas não garantiu a adesão de todos os 34 municípios à causa – 21 prefeitos estiveram presentes.
Entre as medidas a serem adotadas estão toque de recolher das 20h às 5h, proibição de venda de bebidas alcoólicas geladas até em supermercados e fiscalização do transporte coletivo com auxílio da Polícia Militar.
Apesar disso, o comércio seguirá aberto dentro dos protocolos estabelecidos. A faixa foi chamada de "onda lilás", intermediária entre a roxa e a vermelha do programa estadual Minas Consciente, mas ainda sem prazo definido para entrar em vigor.
(Com informações de Natasha Werneck e Matheus Muratori)
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Apesar disso, o comércio seguirá aberto dentro dos protocolos estabelecidos. A faixa foi chamada de "onda lilás", intermediária entre a roxa e a vermelha do programa estadual Minas Consciente, mas ainda sem prazo definido para entrar em vigor.
(Com informações de Natasha Werneck e Matheus Muratori)
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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