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Estado de Minas ONDA LILÁS

Caeté adere a toque de recolher e proíbe consumo de bebidas alcoólicas

Caeté está na onda lilás, proposta aos municípios da RMBH para conter o colapso na saúde; cidade depende de leitos de UTI de BH, que está em estado crítico


10/03/2021 15:51 - atualizado 10/03/2021 17:38

A Santa Casa de Caeté não tem UTI e necessita transferir pacientes em estado grave para hospitais de Belo Horizonte. Há cinco dias um idoso de 97 anos aguarda por uma vaga na capital(foto: Prefeitura de Caeté/Divulgação)
A Santa Casa de Caeté não tem UTI e necessita transferir pacientes em estado grave para hospitais de Belo Horizonte. Há cinco dias um idoso de 97 anos aguarda por uma vaga na capital (foto: Prefeitura de Caeté/Divulgação)
Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) não tem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depende de vagas em hospitais da capital.  O atual percentual de leitos ocupados destinados ao atendimento da COVID-19 na Santa Casa de Caeté não é tão alarmante, estando em 15%, mas o colapso da saúde em outros municípios preocupa: há cinco dias um paciente de Caeté, de 97 anos, espera por uma vaga para tratamento intensivo em unidade de BH.
 
Esse “efeito dominó” é o responsável pela decisão de Caeté em acatar a onda lilás, proposta a todos os prefeitos da RMBH para tentar frear a taxa de transmissão da COVID-19 e diminuir a ocupação dos leitos na região.  
 
O Decreto 104/2021, já em vigor, impõe o toque de recolher das 20h às 5h, proibindo a circulação de pessoas, com o funcionamento apenas de serviços de saúde, como a Santa Casa, farmácias, postos de combustível e serviços de delivery. 
 
Ainda, segundo o decreto, as pessoas que necessitarem sair de casa, no período compreendido entre 20h e 5h, deverão portar obrigatoriamente carteira profissional, funcional, contrato de trabalho, crachá ou outro documento que justifique a necessidade do deslocamento.
 
Outra medida importante do decreto é a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em seus respectivos pontos de venda, como bares e restaurantes. Seguindo a lógica de coibir aglomerações, fica também proibida a realização de qualquer tipo de reunião ou evento, público ou privado, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.
 
O prefeito de Caeté, Lucas Coelho, o prefeito em exercício Alberto Pires, os secretários municipais, o presidente da ACIAC, Wilson Teixeira, a superintendência da Santa Casa, a tenente Lílian, da Cia. de Polícia Militar de Caeté, e a promotora Anelisa Cardoso estiveram reunidos em videoconferência, para falar sobre as novas restrições na cidade. O objetivo é cobrar da população, de forma efetiva, o cumprimento das regras.  
 
Durante a reunião, ficou definido entre os presentes que a Polícia Militar vai intensificar as ações de fiscalização e abordagens de eventos clandestinos. Segundo a tenente Lílian, a polícia recebeu uma denúncia sobre a realização de uma festa que ocorrerá no próximo fim de semana, informando que estará no local e data divulgados, para proibir a realização, caso tal fato realmente aconteça. 
 
A PM também está em contato com municípios vizinhos, como Taquaraçu de Minas e Nova União, buscando uma unidade nas ações, para evitar que as pessoas “fujam” das proibições em seus municípios e realizem aglomerações nas cidades próximas.

As secretarias de Defesa Social, Saúde e funcionários municipais serão decretados como fiscalizadores, para auxiliar a Polícia Militar nesse trabalho, tendo o poder de notificar comércios e cidadãos que estiverem descumprindo as regras. 
 
A promotora Anelisa ressaltou que neste momento é necessário priorizar a vida: “É extremamente importante a posição dos prefeitos”. Ela pediu o apoio da polícia neste momento de gargalo. “São necessárias estratégias e atuação preventiva e de coibição das festas clandestinas. Além disso, é necessário que a polícia aja de forma mais objetiva naqueles estabelecimentos reincidentes e que os comerciantes tenham compreensão neste momento, porque não foi uma escolha do prefeito. Fomos atropelados por essa pandemia”, disse a promotora.
 
Onda lilás em Caeté: 
 
Proibido a circulação de pessoas de 20h às 5h. Após este horário apenas serviços de saúde, farmácias, postos de combustível e serviços de delivery podem funcionar. 
No período de 20h às 5hs, pessoas que necessitarem sair de casa deverão portar obrigatoriamente carteira profissional, funcional, contrato de trabalho, crachá ou outro documento que justifique a necessidade do deslocamento.
Está proibido o consumo de bebidas alcoólicas em seus respectivos pontos de venda, como bares e restaurantes. 
Está proibida a realização de qualquer tipo de reunião ou evento, público ou privado, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.
 
 
 


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